Hoje na Economia – 25/07/2023

Hoje na Economia – 25/07/2023

Economia Internacional

Nos EUA, as leituras preliminares dos PMIs de julho, que foram divulgadas ontem, mostraram recuperação da atividade industrial, enquanto o setor de serviços surpreendeu negativamente. O PMI de Serviços veio abaixo do esperado pelos analistas (52,4 vs. 54) e desacelerou em relação ao dado anterior (54,4), ainda que tenha permanecido em campo expansionista. Por outro lado, o PMI de Manufatura avançou de 46,3 para 49 na prévia de julho, superando a expectativa mediana de mercado de 46,2. O Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago, também divulgado ontem, seguiu mostrando crescimento abaixo da tendência histórica (-0,32) em junho.

Na China, os mercados reagiram positivamente às sinalizações feitas pelo governo chinês no encontro do Politburo quanto à intenção de promover estímulos à demanda interna, por meio de cortes de juros, e ao mercado imobiliário.

Na Alemanha, o índice IFO de clima de negócios referente a julho veio ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas e enfraqueceu em relação ao mês anterior. Na leitura de julho, o índice caiu de 88,5 para 87,3, patamar levemente inferior ao projetado pelo consenso de mercado (88). A queda teve contribuição do componente de situação atual, que recuou 2,4 pontos, para 91,3 – nível mais baixo desde fevereiro de 2021.

Para hoje, a agenda global conta com a divulgação de dados de atividade e de housing nos EUA. Serão divulgados o índice de confiança do consumidor do Conference Board referente a julho, a sondagem industrial do Fed de Richmond de julho e os preços de casas em maio.

Economia Nacional

O Relatório Focus, que foi divulgado nesta manhã, trouxe revisões moderadas das projeções de inflação ao longo do horizonte relevante. O consenso para o IPCA de 2023 caiu 5 pb, de 4,95% para 4,90%, enquanto a mediana das expectativas para 2024 saiu de 3,92% para 3,90%. Para 2025, houve queda de 5 pb, com a expectativa mediana indo de 3,55% para 3,50%. Para 2026, a inflação esperada manteve-se em 3,5%.

O IPCA-15 de julho registrou variação de -0,07% M/M, inferior à esperada pela SulAmérica Investimentos (-0,04% M/M) e pela mediana de mercado (-0,03% M/M), e recuou para 3,19% na comparação interanual. Parte importante da surpresa baixista foi explicada por preços livres, em especial bens industriais, que mostraram deflação superior à esperada. Em termos qualitativos, o dado de julho mostrou composição suavemente mais construtiva, com surpresas baixistas dos núcleos de serviços e da taxa de difusão. No todo, a despeito da surpresa no headline e de aberturas mais benignas, seguimos com a visão de cautela e parcimônia quanto ao início do ciclo de cortes de juros, que corrobora cenário base de queda de juros de 25 pb em agosto.

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