Hoje na Economia 25/09/2013

Hoje na Economia 25/09/2013

Edição 879

25/09/2013

Investidores seguem com uma certa aversão ao risco nessa manhã, receosos dos eventos que podem ocorrer em relação à aprovação do orçamento americano (o ano fiscal começa em 1º de outubro e até agora a lei do orçamento não foi aprovada, com alguns senadores republicanos gastando tempo para que suas demandas sejam atendidas num possível acordo no final de semana. Sem o orçamento, os gastos fiscais federais poderiam supostamente parar, causando grande tumulto econômico).

Na Ásia as bolsas tiveram pouca variação, com ligeira queda nos índices Nikkei225 do Japão (-0,76%) e na bolsa de Xangai (-0,41%). O índice MSCI Ásia Pacífico teve queda de menos de 0,1%, ainda mantendo uma alta considerável no mês (7,9%), resultado da falta de ação do Fed na reunião da semana passada. A queda na confiança do consumidor americano vista ontem não parece ter afetado as bolsas asiáticas. A moeda japonesa está se desvalorizando hoje diante do dólar, caindo 0,30% e cotada a ¥$/US$ 98,45.

As bolsas europeias abriram em queda. Na Alemanha, a confiança do consumidor veio um pouco acima do esperado, 7,1 contra expectativa de 7,0. No momento, o índice pan-europeu STOXX600 tem queda de 0,34%. Em Londres, o índice FTSE100 tem queda de 0,37%, enquanto Paris e Frankfurt registram perdas de 0,44% e 0,40%, respectivamente. O euro está ganhando valor, subindo 0,25% contra o dólar, cotado a US$/€$ 1,3506.

Os futuros das principais bolsas norte-americanas, S&P e D&J, registram quedas de 0,17% e 0,14%, no momento. Investidores aguardam algum desenvolvimento no impasse entre democratas e os republicanos para definição do orçamento fiscal de 2014, bem como os dados sobre as encomendas de bens duráveis de agosto e as vendas de casas novas (também de agosto). Segundo o consenso, as vendas de casas novas devem ter mostrado recuperação parcial da grande queda vista no mês anterior. O dólar está perdendo valor diante das principais moedas do mundo no momento, com o índice DXY caindo 0,15%.

Os preços das commodities estão subindo pela primeira vez em cinco dias hoje. O índice geral UBS/Bloomberg avança 0,57%, com alta em especial nas commodities energéticas. O preço do barril de petróleo tipo WTI sobe 0,65%, cotado a US$ 103,81.

O orçamento federal nos EUA ainda indefinido impede que haja um movimento de maior otimismo nos mercados financeiros, tornando improvável uma alta da bolsa brasileira. No Brasil, foram divulgados dados de inflação relativos a setembro, com tanto o IPC-FIPE quanto o INCC-M vindo acima do esperado (0,20% contra 0,17% e 0,43% contra 0,33%, respectivamente). A inflação mais alta pode levar aos juros curtos subirem no dia de hoje, em que os títulos americanos não parecem ter tendência definida. No mercado de câmbio, o Real pode se valorizar um pouco mais, mas deve ter resistência para ficar abaixo de R$/US$ 2,20.

Superintendência de Economia
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