Hoje na Economia 25/09/2018

Edição 2104

25/09/2018

Mercados operam entre ganhos e perdas nesta terça-feira, sem um direcional definido, com investidores preocupados com as perspectivas sobre o comércio mundial, em meio à crescente tensão politica entre americanos e chineses.

Sem um denominador comum, as bolsas asiáticas apontaram para direções distintas. As praças de Xangai e Tóquio fecharam em sentidos opostos, após não operarem ontem, com o iene mais fraco apoiando o mercado japonês, enquanto feriado mantém fechados os mercados da Coreia do Sul e Hong Kong. Na China, a bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,58%, sob o peso da queda dos papeis do setor imobiliário. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,29%, suportado pelas ações das exportadoras favorecidas pelo fortalecimento do dólar ante o iene. Nesta manhã, o dólar é negociado a 112,87 ienes, de 112,75 ienes no fim da tarde de ontem. Em Taiwan, o índice Taiex fechou em alta de 0,06%. O índice MSCI Asia Pacific registrou avanço moderado de 0,1%, nesta terça-feira.

Na Europa, principais bolsas operam com altas discretas. O índice pan-europeu de ações sobe 0,28%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 avança 0,19%; em Paris, o CAC40 tem ganho de 0,12%; em Frankfurt, o DAX sobe 0,10%. O euro avança a US$ 1,1764 de US$ 1,1755 no fim da tarde de ontem. A moeda comum esboçou uma alta mais forte, mas perdeu força após o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE) afirmar que a pressão inflacionária na região ainda precisa de acomodação dos juros por um longo tempo, sugerindo que não há pressa por um aperto monetário.

Nos EUA, investidores estão atentos à reunião de política monetária do Fed, que se inicia hoje e termina amanhã. O Fed deve elevar a taxa básica de juros pela terceira vez neste ano. Há expectativas em torno das sinalizações sobre o comportamento da política monetária em 2019, para qual se espera quatro altas do juro básico no período. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos superou 3,1% (3,101%, no momento), contra 3,077% ontem à tarde. O dólar encontra-se estável em relação às principais moedas, enquanto os futuros de ações apontam para uma abertura positiva para a bolsa de Nova York. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,12%; do S&P 500 avança 0,13%; Nasdaq opera estável.

Os contratos futuros de petróleo mantém a tendência de alta, apoiados pela decisão da Opep e de outros produtores independentes de não elevar a produção da commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 72,47/barril, com alta de 0,54%, no momento.

Hoje o Banco Central divulga a ata do Copom. O documento deve trazer argumentos que respaldem a intenção de retirar gradualmente, em algum momento à frente, a instância estimulativa da política monetária. Deve ficar em segundo plano, nas preocupações dos investidores. O avanço do candidato do PT, Fernando Haddad, na pesquisa do Ibope divulgada ontem e estagnação do candidato Jair Bolsonaro (PSL) deve levar a uma reordenação das estratégias dos investidores.