Hoje na Economia – 25/09/2019

Hoje na Economia – 25/09/2019

25/09/2019

Edição 2347

Mais um dia de aversão ao risco prevalece nos mercados. Críticas à China, efetuadas pelo presidente Donald Trump em seu discurso na ONU, azedaram as perspectivas de se chegar a um acordo comercial no próximo mês. Contribui também para as preocupações dos investidores, a possível abertura de inquérito, na Câmara dos Deputados dos EUA, para o impeachment do presidente Trump, suspeito de usar o cargo para perseguir adversários políticos.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta quarta-feira, influenciadas por tensões comerciais e políticas. Na China, o índice Xangai Composto recuou 1% no pregão de hoje. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 1,28%. Em resposta aos comentários de Trump, o ministro de Relações Exteriores chinês, Wang Yi, alertou que a separação das economias da China e dos EUA é uma rota que levaria a “problemas infinitos” para ambos os países. Wang criticou também a visão de que a China seria um adversário dos EUA e afirmou que os americanos deveriam “evitar comprar uma briga com o país errado”. No Japão, o índice Nikkei se desvalorizou 0,36% em Tóquio, pressionado por fabricantes de máquinas, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 1,32% em Seul. Em Taiwan, o Taiex recuou 0,41%. No mercado de câmbio, o dólar é cotado a 107,30 ienes, contra 107,11 ienes de ontem à tarde.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa nesta manhã, acompanhando o ambiente de forte aversão ao risco que toma conta dos mercados. Neste momento, no mercado futuro, o índice Dow Jones recua 0,19%; S&P 500 perde 0,22%; Nasdaq cede 0,35%. O yield da Treasury de 10 anos remunera a 1,6421% ao ano (-0,21% no momento), voltando abaixo do patamar de 1,70% verificado ontem, em linha com o aumento de busca de ativos considerados seguros. O índice DXY encontra-se em 98,55 pontos, com alta de 0,21%, no momento.

Na Europa, bolsas de ações registram pesadas perdas, nesta manhã. Além das preocupações políticas nos EUA, há também aquelas decorrentes das incertezas que cercam ao Brexit após a Suprema Corte do Reino Unido julgar ilegal a suspensão do Parlamento britânico, que deverá retomar seus trabalhos hoje. Trata-se de mais uma derrota política do primeiro-ministro Boris Johnson. No momento, o índice acionário do continente STOXX600 recua 1,34%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,88%; o CAC40 cai 1,51% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem queda de 1,14%. O euro perde valor frente ao dólar, sendo cotado a US$ 1,0995, contra US$ 1,1020 de ontem à tarde.

No mercado de commodities, o índice de Commodity Bloomberg recua 0,50%, nesta manhã, acompanhando o menor apetite ao risco presente nos mercados. O contrato futuro de petróleo tipo WTI é negociado a US$ 56,45/barril, com queda de 1,45%, decorrente do aumento das tensões comerciais entre americanos e chineses, bem como a constatação de estoques americanos mais elevados.

Neste dia de maior aversão ao risco, a Bovespa deve seguir a tendência ditada pelos futuros de ações da bolsa de Nova York, devendo abrir em baixa. O dólar deve abrir em alta diante do real, influenciado pelo cenário externo adverso aos ativos emergentes, enquanto a curva a termo de juros futuros deve ficar pressionada seguindo o desempenho do dólar.

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