Hoje na Economia 25/10/2018

Hoje na Economia 25/10/2018

Edição 2125

25/10/2018

Mercados buscam se recuperar da forte onda de aversão ao risco que derrubou as bolsas americanas, europeias e asiáticas entre ontem e hoje. A perda de fôlego da economia global, tensões comerciais e aperto monetário promovido pelos bancos centrais, como o Fed, contribuem para esse quadro adverso.

Na Ásia, mercados de ações fecharam em forte baixa nesta quinta-feira, reagindo ao tombo das bolsas de Nova York no pregão de ontem. O índice MSCI Asia Pacific caiu 2,0%, recuando 22% do último ponto mais alto atingido em janeiro. As bolsas asiáticas já contabilizam perdas de US$ 4,9 trilhões em valor, neste ano. No Japão, a bolsa de Tóquio encerrou o pregão com recuo de 3,72%, tocando no menor nível desde 29 de março. As ações mais afetadas, à semelhança do ocorrido ontem nos EUA, foram as de tecnologia, com destaque para os fabricantes de semicondutores. Também pressionados por empresas de tecnologia, o Taiex recuou 2,44% em Taiwan e o sul-coreano Kospi cedeu 1,63% em Seul. Na China, os mercados ficaram relativamente estáveis, no dia de hoje. Ajudado por papeis financeiros, o índice Xangai Composto fechou o dia com alta marginal de 0,02%. Em Hong Kong, o Hang Seng apresentou queda de 1,01%.

Na Europa, mercados se estabilizam após as fortes quedas de ontem. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, apura alta de 0,32%, em meio às indefinições sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, bem como sobre a insistência do governo italiano de entregar um orçamento fiscal contrariando as normas da zona do euro. Em Londres, o índice de ações FTSE100 flutua em torno da estabilidade; enquanto o CAC40 de Paris e o DAX de Frankfurt exibem ganhos de 1,29% e 0,46%, respectivamente, no momento. Hoje o foco estará na reunião de política monetária do Banco Central Europeu. Deverá reafirmar que a compra de ativos (QE) deverá terminar neste ano, sinalizando a manutenção das taxas básicas de juros estáveis até meados de 2019.

No mercado americano, os futuros dos principais índices de ações de Nova York apontam para um dia de recuperação. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,90%; do S&P 500 avança 0,98%; Nasdaq ganha 1,62%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe a 3,130% ao ano de 3,129% de ontem à tarde. O dólar recua frente às principais moedas, com o índice DXY perdendo 0,16%, nesta manhã. O euro sobe para US$ 1,1410 de US$ 1,1397 ontem à tarde. Mesmo movimento apresenta a libra inglesa, que era negociada a US$ 1,2883 ontem, subindo para US$ 1,2899 hoje de manhã. O dólar vale 112,29 ienes, subindo ante 112,20 ienes de ontem à tarde.

A forte aversão ao risco, que varreu as bolsas de ações, também afeta o mercado de petróleo, onde os contratos futuros são negociados em queda nesta quinta-feira. O contrato do produto tipo WTI para entrega em dezembro é negociado a US$ 66,38/barril, com queda de 0,65%.

Na ausência de uma agenda forte hoje, onde o principal evento político será a divulgação da pesquisa Datafolha à noite, a Bovespa deve acompanhar os ajustes no exterior, que deve abrir espaço para alguma recuperação após as perdas recentes. O real também poderá ganhar posições, dado o fraco desempenho do dólar em termos globais, no dia de hoje.

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