Hoje na Economia – 25/10/2021

Hoje na Economia – 25/10/2021

Os mercados iniciam os negócios, nesta segunda-feira, operando com altas moderadas, oscilando entre margens estreitas. O sentimento dos investidores continuará sendo pautado pelas preocupações com a persistência inflacionária, levando a atuação preventiva dos bancos centrais, ao mesmo tempo em que buscam estímulos nos balanços corporativos divulgados nos EUA e Europa.

Na Ásia, as bolsas locais operaram sem um direcional comum. Preocupações com a economia da China aumentaram após notícias sobre o surgimento de novos focos de infecções por Covid-19 em diversas províncias, levando o governo chinês a decretar rígidas medidas de isolamento social. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou a sessão de hoje perto da estabilidade. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,71%, liderando as quedas na região, pressionado por ações de tecnologia e da indústria de alimentos. O sul-coreano Kospi registrou valorização de 0,48% em Seul e o Taiex fechou com ganho marginal de 0,03% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,76%, após o banco central chinês injetar recursos no mercado financeiro, atenuando declarações oficiais de que os novos casos de Covid-19 devem aumentar nos próximos dias. Em Hong Kong, o Hang Seng registrou alta moderada de 0,02%, onde os destaques foram os papéis do HSBC, que subiram 0,43% e da Evergrande, que caíram 0,74%.

Na Europa, as bolsas operam mistas, sem definir um direcional único, enquanto se espera pela divulgação dos balanços das gigantes de tecnologia previstos para esta semana. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera muito próximo da estabilidade, exibindo queda de -0,01%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,52%, enquanto o CAC40 recua 0,14% em Paris. Em Frankfurt, o DAX, por sua vez, sobe 0,14%, nesta manhã. Foi divulgado o índice de sentimento das empresas da Alemanha, que caiu de 98,9 em setembro para 97,7 em outubro, por conta dos gargalos de oferta que seguem afetando a atividade econômica alemã.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York registram valorizações discretas, sugerindo uma abertura em alta para os mercados à vista, nesta segunda-feira. Os ganhos apurados pelas bolsas, na semana passada, foram sustentados por balanços corporativos melhores do que o esperado. Expectativa é que essa tendência se repita nesta semana, em que serão divulgados os balanços da Apple, Amazon, Alphabet, Facebook, Microsoft e Boeing. No mercado de Treasuries, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu três pontos base para 1,66% ao ano, iniciando uma semana que promete movimentação para esse mercado, quando será divulgado, na quinta-feira, a primeira leitura do PIB do 3º trimestre, além da inflação medida pelo deflator de consumo, o PCE (na sexta-feira). O dólar encontra-se, relativamente, estável frente às principais moedas; o índice DXY do dólar situa-se em 93,63 pontos, com ligeiro recuo de -0,01%. O euro é cotado a US$ 1,1631/€, desvalorizando 0,10%; a libra flutua em torno de US$ 1,3756/£. A moeda japonesa é negociada a 113,65¥/US$, depreciando 0,13%.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta manhã, ampliando os ganhos da sessão anterior, em meio a uma oferta restrita e expectativas de recuperação da demanda global pela commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 84,35/barril, com alta de 0,70%, no momento.

No âmbito interno, a semana deve ser guiada pelas notícias vinculadas à agenda econômica, em meio à deterioração do quadro fiscal. Na esfera política, o foco estará na Câmara dos deputados, onde deverá ser apreciada e votada em dois turnos o texto da PEC dos precatórios, aprovada na comissão especial na semana passada. No econômico, a reunião do Copom, onde o aumento do balanço de risco, por conta do enfraquecimento do pilar fiscal, deve levar o BC a acelerar a alta do juro em ritmo mais forte do que previa o seu plano de voo original. A semana deve começar como terminou a passada, com ambiente pouco propício aos ativos de risco.

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