Hoje na Economia 26/01/2015

Hoje na Economia 26/01/2015

Edição 1202

26/01/2015

Investidores evitam ativos de risco em geral, nesta manhã, enquanto avaliam os possíveis desdobramentos da vitória do partido de esquerda Syriza nas eleições parlamentares da Grécia. É sabido que o Syriza não pretende aceitar as medidas de austeridade imposta pela União Europeia, Banco Central Europeu e FMI, bem como renegociar as condições de financiamento da divida externa grega. Esse quadro renova as dúvidas sobre a viabilidade do euro.

Os mercados de ações europeus abriram os negócios em queda, mas logo reverteram a tendência, de olho no programa de estímulo monetário anunciado pelo BCE na semana passada. O índice pan-europeu de ações registra alta de 0,23% no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,11%; o CAC40 de Paris +0,45%. Na Alemanha, foi divulgado o índice de sentimento das empresas pelo instituto Ifo, que subiu para 106,7 em janeiro de 105,5 em dezembro, superando as estimativas dos analistas. A boa surpresa resultou em avanço das ações na Alemanha, onde o DAX30 opera com ganho de 0,57%, no momento. O euro iniciou a sessão em queda, atingindo US$ 1,1193, recuperando-se ao longo do dia, sendo negociado a US$ 1,1253, neste momento (US$ 1,1211 no final de sexta-feira).

Os futuros das principais bolsas norte-americanas operam em baixa, nesta manhã. Os futuros dos índices S&P e D&J registram quedas de 0,17% e 0,24%, respectivamente. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,791% ao ano no momento, enquanto o dólar sobe frente às principais moedas, com dólar índex registrando avanço de 0,16%, no momento.

Na Ásia, os mercados também foram afetados pela instabilidade causada pelos resultados das eleições na Grécia. A bolsa do Japão fechou em queda, com índice Nikkei registrando recuo de 0,25%, alimentado pelas dúvidas sobre a viabilidade do euro. A aversão ao risco beneficiou a moeda japonesa, vista como porto seguro. A moeda americana iniciou o pregão cotada a 117,59 ienes, ganhando força ao longo do dia, passando a ser negociada a 118,37 ienes, no início da sessão europeia. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,94%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com alta de 0,24%.

Os preços do petróleo permanecem em baixa, após o novo rei da Arábia Saudita ter declarado que não alterará a atual política que mantém o excesso de oferta do produto no mercado. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 44,92/barril, com queda de 1,47%, nesta manhã. Demais commodities também operam no vermelho, com o índice total registrando recuo de 0,77%, no momento.

A Bovespa não deverá fugir a tendência que predomina no dia de hoje, onde a instabilidade política na Grécia coloca os mercados de ações em geral na defensiva. No mercado de DIs futuros, a queda dos juros longos internacionais pode levar a ajuste nos vértices mais longos da curva no dia de hoje, enquanto se espera pela ata do Copom, na quinta-feira. No mercado de câmbio, o quadro de aversão ao risco deve levar a uma abertura de dólar em alta frente à moeda brasileira.

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