Hoje na Economia 26/03/2015

Edição 1241

26/03/2015

O aumento das tensões no Oriente Médio, envolvendo o conflito no Iêmen, alimenta a aversão ao risco nesta manhã. Temores sobre a participação da Arábia Saudita e o Iran impulsionam os preços do petróleo. O preço do barril do tipo WTI voltou a superar US$ 50, sendo negociado a US$51,21/barril, com alta de 4,08%, no momento. Os preços das demais commodities também avançam, com destaque para os metais básicos (+1,62%) e metais preciosos (+1,11%), destacando-se o ouro (+1,22%).

Em meio ao sentimento de aversão ao risco que tomou conta do mercado, o iene ganha força em relação ao dólar e ao euro, reflexo da busca de porto seguro por parte dos investidores. O iene recuou abaixo de 119 ienes, pela primeira vez desde 26 de fevereiro. No momento, a moeda americana é negociada a 118,54 ienes (+0,80%), enquanto o euro compra 130,73 ienes. Os mercados da Ásia fecharam em baixo em sua grande maioria, acompanhando, também, o fraco desempenho das bolsas americanas no pregão de ontem. No Japão, o fortalecimento do iene e os fracos indicadores de atividade divulgados nos EUA ontem, enfraquecendo o dólar, levaram o índice Nikkei encerrar o dia em queda de 1,39%. Na China, expectativa de novas medidas de liberalização do mercado de capitais sustentou a alta na bolsa de Xangai, que fechou com ganho de 0,58%. Em Hong Kong, bolsa local fechou em queda de 0,13%.

Na Europa, a aversão ao risco predomina, levando o índice de ações STOXX600 a registrar queda de 1,56%, no momento. Londres recua 1,18%; Paris -1,40% e Frankfurt -1,68%. O euro troca de mãos a US$ 1,1022, contra US$ 1,0974 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, os juros das Treasuries operam em baixa, refletindo a alta nos preços dos papeis, em meio à demanda maior dos investidores por ativos considerados mais seguros diante das incertezas no Oriente Médio, bem como a fraqueza dos mercados acionários. No momento, o yield do T-bond de 10 anos situa-se em 1,902% ao ano, enquanto o índice DXY, que mede o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas, situa-se em 96,319 pontos, com queda de 0,70%. Os futuros do S&P e D&J operam em baixa de 0,84% e 2,43%, respectivamente, no momento.

No mercado doméstico, além do ambiente internacional adverso, avesso a ativos de risco, deve pesar também sobre o desempenho da Bovespa, o adiamento da divulgação dos balanços de 2014 da Petrobrás. O dólar pode abrir em queda, devolvendo parte das altas de ontem, enquanto os juros futuros deverão refletir as avaliações presentes no Relatório Trimestral de Inflação, que sai as 8h30, devendo trazer indícios sobre os próximos passos da política monetária.