Hoje na Economia 26/04/2018

Hoje na Economia 26/04/2018

Edição 2000

26/04/2018

Mercados de ações operam em alta moderada, nesta manhã, sustentado por bons resultados corporativos divulgados por empresas de tecnologia, levando o investidor a ponderar se os resultados empresariais compensarão a atratividade da renda fixa em um ambiente de elevação das taxas de juros.

Na Ásia, a divulgação de resultados acima do esperado pelos analistas pelas empresas de tecnologia atenuou o movimento de queda que prevaleceu na maioria das bolsas da região. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,11%. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou com alta de 0,47%, acompanhando o enfraquecimento do iene em linha com a alta dos juros das Treasuries. O rali nas ações de tecnologia também ajudou na valorização do Nikkei. O dólar é negociado a 109,34 ienes nesta manhã, mantendo o mesmo patamar de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto caiu 1,38%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,06% na sessão de hoje. A queda nas bolsas chinesas decorreu de rumores de que os EUA estariam investigando a empresa de tecnologia chinesa Huawei Technologies por ter supostamente violado sanções de Washington contra o Irã.

Bolsas europeias ignoram as quedas de seus pares asiáticos e operam no azul. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 sobe 0,34%, enquanto em Londres, o FTSE100 registra avanço de 0,14%. Em Paris o CAC40 tem alta de 0,42%, enquanto o índice DAX da bolsa de Frankfurt opera com discreta alta. O euro opera em ligeira alta (+0,18%) sendo cotado a US$ 1,2183, enquanto se aguarda pela reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), nesta manhã. Espera-se por indicações sobre o momento em que o BCE iniciará o término do atual programa de compra de ativos, responsável pela injeção de €30 bilhões/mês no sistema financeiro da região.

No mercado americano, os índices futuros da bolsa de Nova York operam em alta moderada, no momento: Dow Jones sobe 0,04%; o S&P 500 avança 0,07%. Exceção para o Nasdaq, que ganha 0,44%. O yield da Treasury de 10 anos mostra ligeiro recuo para 3,01%, a primeira queda em mais de uma semana. O dólar mantém certa estabilidade frente à cesta de moedas, conforme o índice DXY que flutua em torno da estabilidade, nesta manhã.

As possibilidades de os EUA adotarem novas sanções contra o Irã, ameaçando abandonar o atual acordo nuclear, elevam a temperatura no Oriente Médio, pressionando os preços do petróleo. No momento, o contrato futuro de petróleo tipo WTI, para entrega em junho, é negociado a US$ 68,14/barril, com alta de 0,14%.

A Bovespa deve repercutir os balanços divulgados, como Vale e Bradesco, em um dia de fraca agenda e poucas definições vindas das bolsas internacionais. Alta do petróleo pode dar impulso aos papeis da Petrobrás. O conflito Irã e EUA deve também alimentar a aversão ao risco, pressionando as Treasuries e o dólar em termos globais, refletindo negativamente sobre os ativos brasileiros.

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