Hoje na Economia – 26/04/2022

Hoje na Economia – 26/04/2022

As principais bolsas internacionais operam em direções distintas, nesta terça-feira. Movem os mercados os balanços trimestrais divulgados por grandes bancos e empresas, bem como a promessa efetuada por autoridades chinesas de adotar medidas adicionais de estímulo econômico, para atenuar os impactos negativos dos surtos da covid-19 sobre a segunda maior economia do mundo.

No intuito de interromper a disseminação da covid-19, o governo chines determinou testes em massa da população da cidade de Pequim e deve instituir um amplo lockdown, similar ao que vigora em Xangai. Os temores que essas medidas desacelerem ainda mais a economia levou o índice Xangai Composto a fechar com queda de 1,44% no pregão de hoje. O banco central da China (PBoC) anunciou que deverá aumentar os estímulos à economia, para compensar os efeitos negativos sobre a economia decorrente das medidas de restrição à mobilidade adotada em diversas regiões. Nas demais praças da Ásia, prevaleceu o apetite ao risco estimulado pelo bom desempenho de Wall Street na segunda-feira, impulsionada pela compra do Twitter pelo empresário Elon Musk. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,41, enquanto o Hang Seng avançou 0,33% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi registrou alta de 0,42%, enquanto em Taiwan, o Taiex teve valorização de 0,14%. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou ganho de 0,80% na sessão de hoje.

Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em alta, buscando se recuperar das perdas do pregão anterior, impulsionadas pelos bons lucros mostrados pelos balanços trimestrais de grandes bancos, como o Santander, UBS e HSCBC e pela empresa Novartis AG. Investidores também acompanham os desdobramentos da guerra na Ucrânia e as expectativas em torno de novas medidas de estímulos na China. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,94%. Em Londres o FTSE 100 sobe 0,84%; o CAC40 avança 1,05% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,26%.

No mercado futuro das bolsas de Nova York, os principais índices de ações operam no vermelho, após um pregão bastante volátil na segunda-feira. O índice futuro do Dow Jones recua 0,26%; S&P 500 cai 0,25% e Nasdaq tem queda de 0,16%. Hoje estão previstos a divulgação dos balanços trimestrais da General Electric; GM; Microsoft e Alphabet, entre outros. O juro do T-Bond de 10 anos permanece estável em 2,79% ao ano, enquanto o dólar segue forte, beneficiado pela expectativa de que o Fed executará um aperto monetário agressivo. O índice DXY encontra-se em 101,86 pontos (+0,10%), enquanto o dólar recua a 127,80 ¥/US$; o euro cai a US$ 1,0690/€ e a libra para US$ 1,2709/£.

Os contratos futuros do petróleo mantêm a tendência de queda nesta manhã, após as fortes perdas de ontem. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho é negociado a US$ 97,68, com queda de 0,89%, com investidores atentos aos novos lances em torno da guerra na Ucrânia e à espera de novos dados sobre os estoques de petróleo nos EUA.

O Ibovespa deve refletir, por um lado, os desdobramentos das medidas na China para conter a disseminação do Covid-19 com efeito negativos sobre a atividade econômica, e, por outro, os balanços trimestrais de grandes empresas, que podem favorecer os negócios no pregão de hoje. No mercado de juros futuros, expectativas em torno da retomada da divulgação do Relatório Focus e eventuais comunicações do Banco Central, neste último dia antes do início do período de silêncio pré-Copom.

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