Hoje na Economia 26/06/2015

Hoje na Economia 26/06/2015

Edição 1304

26/06/2015

Predomina certo clima de precaução nos mercados, em meio ao impasse entre Grécia e seus credores, fazendo com que os investidores evitem passar o fim de semana posicionado em ativos de risco. Ainda que predomine a percepção de que algum tipo de acordo deverá ser alcançado, neste final de semana, o clima de aversão ao risco é palpável, nesta sexta-feira.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra baixa de 0,60%, neste momento, em que começa, em Bruxelas, a reunião entre o primeiro ministro grego, Alexis Tsipras, com a chanceler alemã Ângela MerKel e o presidente francês Francois Hollande. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,98%; CAC40 de Paris recua 0,51% e o DAX de Frankfurt cai 0,55%. O euro é negociado a US$ 1,1200, ficando próximo ao patamar de ontem à tarde (US$ 1,1205).

O índice futuro de S&P 500 opera em queda de 0,10%, enquanto o índice DXY sinaliza fracas oscilações da moeda americana frente às demais divisas. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,40% ao ano, com queda de 0,29%. Será divulgado, nesta manhã, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de julho, que deve manter o mesmo número divulgado na estimativa preliminar (94,6).

Na Ásia, mercados fecharam majoritariamente em queda. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com perda de 0,2%. Destaque para a bolsa da China, onde o índice Composto de Xangai registrou desvalorização de 7,4% ao final da sessão. A alta acumulada da bolsa chinesa neste ano (em torno de 60%) reflete a alavancagem dos investidores, que tomam recursos emprestados de suas corretoras para investir no mercado de ações. Trata-se de um rali fomentado pelos estímulos introduzidos pelo banco central da China, que já atingiu níveis insustentáveis, segundo a avaliação dos analistas. Em Hong Kong, bolsa local fechou com queda de 1,78%. Em Tókio, o índice Nikkei apurou perda de 0,31%, com os investidores reduzindo exposição ao risco em meio às incertezas sobre a crise grega. O dólar é cotado a 123,43 ienes, ficando próximo do nível de ontem à tarde (123,63 ienes).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 59,45/barril, com queda de 0,42%. Demais commodities mostram tendências distintas, com metais básicos recuando 0,49% e agrícolas se valorizando 0,77%.

No mercado doméstico, a crise grega deve pesar sobre o desempenho da Bovespa, que deverá, também, ser influenciado pela reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, ocorrendo às 11hs. No mercado de juros, deve repercutir a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) que decidiu reduzir o teto de tolerância da inflação de 2017 de 6,5% para 6,0%, mantendo a meta central em 4,5%. Reforça o compromisso da equipe econômica com o objetivo do Banco Central em ancorar as expectativas, em seu objetivo de levar o IPCA à meta central em 2016. O CMN também elevou a TJLP de 6% para 6,5%, no terceiro trimestre.

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