Hoje na Economia – 26/10/2021

Hoje na Economia – 26/10/2021

Os bons resultados corporativos exibidos nesta temporada, principalmente nos setores financeiro e de tecnologia, têm compensado as preocupações com a alta inflacionária em meio a baixo crescimento, alimentando o otimismo dos investidores. Algo em torno de 81% das empresas que compõem o S&P 500 reportou balanços com resultados que superaram as expectativas dos analistas.

Na Ásia, as bolsas fecharam em direções distintas, sem um denominador comum. Alguns mercados acompanharam o tom positivo de Wall Street, enquanto as bolsas da China e Hong Kong foram afetadas pela crise imobiliária chinesa. O índice japonês Nikkei subiu 1,77%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,94% em Seul e o Taiex valorizou 0,83% em Taiwan. Por outro lado, os planos do governo chinês de testar um imposto imobiliário por cinco anos, revelados no final de semana, derrubaram as ações de incorporados tanto na China como em Hong Kong. O índice Xangai Composto caiu 0,34%, enquanto o Hang Seng perdeu 0,36% em Hong Kong. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,40% na sessão de hoje.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, num sinal de que os mercados à vista irão manter o viés positivo que vem exibindo desde o início da temporada de balanços nos EUA. A agenda de hoje traz resultados de Alphabet (Google), Microsoft, Twiter e General Eletric. No momento o índice futuro do Dow Jones exibe alta de 0,28%; S&P 500 sobe 0,41%; Nasdaq, onde se concentra as empresas de tecnologia, registra valorização de 0,60%. O índice DXY do dólar situa-se em 93,89 pontos, com alta modesta de 0,08%, mantendo os ganhos de ontem. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos opera estável, em 1,63% ao ano, enquanto os investidores aguardam pela divulgação de dados sobre a confiança do consumidor e do setor imobiliário. O euro encontra-se estável no valor de US$ 1,1609/€; a libra é negociada a US$ 1,3783/£, valorizando 0,12%. A moeda japonesa é negociada a 114,00¥/US$, depreciando 0,25%.

Na Europa, as bolsas da região operam majoritariamente no azul, nesta manhã, sustentadas pelo otimismo com a atual temporada de balanços corporativos dos EUA e da região, como o divulgado pelo banco suíço UBS hoje, cujos resultados bateram as projeções dos analistas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,64%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,75%; o CAC40 ganha 0,79% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,03%.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta manhã. O contrato futuro do produto tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 83,35/barril com queda de 0,51%. Os investidores esperam pela divulgação dos estoques americanos pela American Petroleum Institute (API) e as conversações entre Irã e União Europeia sobre o acordo nuclear, que pode levar à retomada das exportações do petróleo iraniano.

No mercado brasileiro, uma agenda econômica recheada deve ajudar a dar o tom para os negócios, nesta terça-feira. O IBGE divulga o IPCA-15 de outubro, que deve mostrar inflação de 1,0% no mês e 10,11% em doze meses. O Caged deve reportar criação líquida de 355 mil vagas pelo setor formal em setembro, enquanto a receita divulga mais um recorde na arrecadação fiscal. O Ibovespa deve se beneficiar das expectativas positivas que cercam os balanços das empresas de tecnologia previstos para hoje, podendo tentar buscar os 110 mil pontos. A curva de juros futuros deve operar entre margens estreitas à espera do Copom, enquanto o real deve manter os ganhos de ontem na expectativa de ajuste robusto na Selic no Copom amanhã.

Topo