Hoje na Economia – 26/11/2019

Hoje na Economia – 26/11/2019

Mercados financeiros abrem de lado na terça-feira, com algumas boas notícias em relação à guerra comercial: autoridades chinesas disseram que chegaram a um consenso sobre algumas das questões em negociação.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific subiu 0,1%, com avanço de 0,35% no índice Nikkei225 do Japão e 0,03% na bolsa de Xangai, mas queda de -0,10% no KOSPI da Coreia e -0,29% no Hang Seng de Hong Kong.  O iene está se depreciando ligeiramente contra o dólar, -0,04% (cotado a 108,97), o mesmo ocorrendo com o yuan chinês, -0,06% (cotado a 7,04).

Na Europa, as bolsas operam em queda. O índice regional de ações STOXX600 mostra valorização de -0,08%, com recuos de -0,06% no CAC40 de Paris e -0,22% no DAX de Frankfurt. O FTSE100 de Londres, por sua vez, sobe 0,12%. O euro é negociado a US$ 1,1015, basicamente estável (+0,01%) em relação ao valor de ontem. A confiança dos consumidores na Alemanha subiu para 9,7 em dezembro, contra 9,6 esperado.

No mercado americano, os futuros de ações sobem novamente, após terem alcançado uma nova máxima histórica ontem. O índice futuro do S&P500 sobe 0,36% agora. Os juros pagos pelas Treasuries recuam, com o do vencimento de 10 anos a 1,7465% a.a.. O dólar está praticamente estável hoje, com variação de -0,02% no índice DXY, perdendo valor basicamente contra o euro apenas. Contra moedas de países emergentes o dólar está ganhando valor contra países da Europa em desenvolvimento e África, mas perdendo contra as moedas de América Latina que já operam (México e Chile). Hoje sairão dados de housing e confiança do consumidor do Conference Board, com expectativa de alta. Ontem o presidente do Fed, Powell, seguiu com seu discurso de que o “copo está meio cheio” em relação à economia americana, o que deve implicar em pausa na queda de juros.

Os preços das commodities operam sem direção única hoje, com o índice geral da Bloomberg recuando -0,15%. Há alta de 0,10% no preço do barril de petróleo WTI (cotado a US$ 58,07), mas queda de -0,06% no tipo Brent. Preços de algumas commodities importantes, como níquel (1,32%) e açúcar (0,41%) avançam bastante.

O INCC-M saiu hoje no Brasil e ficou abaixo das expectativas, com variação de 0,15% contra 0,26% esperado. Ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a desvalorização do real (que atingiu nova máxima nominal) é algo esperado dado o ambiente com fiscal apertado e juro menor, e que os brasileiros devem se acostumar com isso. O real reagiu à dados piores do setor externo, mas hoje ele pode se valorizar ligeiramente, acompanhando outras moedas da América Latina. Os juros futuros podem recuar sem a pressão causada pela depreciação do dólar e com o dado de inflação mais baixa no setor de construção, porém os curtos ainda devem cair menos devido à expectativa de maior crescimento da economia no curto prazo. A bolsa brasileira, por sua vez, pode ter mais um dia de queda.

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