Hoje na Economia 27/01/2014

Hoje na Economia 27/01/2014

Edição 958

27/01/2014

Mais um dia de aversão ao risco prevalece nos mercados. Os investidores mostram-se mais seletivos, buscando economias com fundamentos mais sólidos, ante um ambiente de contração da liquidez internacional. O Fed deve reduzir suas compras mensais de ativos para US$ 65 bilhões em sua reunião de política monetária que termina nesta quarta-feira.

Na Ásia, mercados fecharam com baixas generalizadas. O índice MSCI Asia Pacific fechou com perda de 2,1%, considerada a mais forte queda registrada pelo mercado de ações da região dos últimos sete meses. Na China, desconfiança crescente em relação ao sistema financeiro e expectativa de menores lucros empresariais decorrentes da desaceleração da economia local levaram os investidores a reduzirem suas posições em bolsas. Em Xangai, o índice Composto mostrou queda de 1,03%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 2,11%. No Japão, o índice Nikkei desvalorizou-se 2,51% no dia de hoje, influenciado pelas quedas em Nova York na sexta-feira, bem como por temores com o fim da política de estímulos monetários pelo Fed. No acumulado de janeiro, o Nikkei já perde cerca de 8%. O dólar é negociado a 102,47 ienes, contra 102,22 ienes do final de tarde de sexta-feira.

A Europa segue os mercados asiáticos. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 recua 0,61%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,99%, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt recuam 0,10% e 0,20%, respectivamente. O euro é cotado a US$ 1,3696, com ligeira alta ante o valor de US$ 1,3678 de sexta-feira à tarde.

Pela sinalização dada pelos futuros de ações, o mercado acionário americano deve andar na contramão dos demais mercados. Os índices futuros do S&P e D&J operam em alta de 0,16% e 0,06%, respectivamente, o que pode significar alguma recuperação após a queda acumulada de 2,8% obsevada nas últimas duas semanas. Na agenda, a divulgação dos resultados das empresas Caterpillar Inc.; Seagate Technology Plc e US Steel Corp. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,73% nesta manhã, enquanto o dólar mostra ligeiro recuo frente às principais moedas.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 96,90/barril, com valorização de 0,26% no momento. O avanço da cotação desse produto reflete a maior demanda no mercado americano devido às baixas temperaturas do inverno no hemisfério norte. Demais commodities operam em queda com destaque para agrícolas -0,17% e metais -0,13%.

Em um ambiente de crescente aversão ao risco aos emergentes em geral, desaceleração da economia chinesa e expectativas de novo corte dos estímulos por parte do Fed não favorecem um recuperação firme da Bovespa, mesmo que alguma correção técnica seja observada. Os fluxos cambiais permanecem negativos, não permitindo vislumbrar uma melhora do cenário para o real. No mercado de juros, o quadro de aversão ao risco e maior pressão sobre o real em um ambiente inflacionário desfavorável sustentam apostas em nova alta de 50 pontos base na Selic em fevereiro.

Superintendência de Economia
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