Hoje na EConomia – 27/01/2021

Hoje na EConomia – 27/01/2021

As principais bolsas internacionais operam sem direcional único, nesta manhã de quarta-feira. Em meio ao avanço da pandemia de covid-19 pelo mundo, que já ultrapassou a marca de 100 milhões de casos confirmados, investidores buscam suporte nos balanços corporativos, enquanto se espera pela decisão de política monetária do Fed, hoje às 16hs de Brasília.

As bolsas da Ásia operaram com sinais mistos, sem um denominador comum. Investidores aguardam pela reunião do Fed, enquanto buscam maior clareza sobre o pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão anunciado pelo presidente americano Joe Biden. Dados chineses que evidenciam a trajetória de recuperação da China, também influenciaram os mercados da região. Em dezembro, o lucro das grandes empresas industriais deu um salto anual de 20,1%, após alta de 15,5% em novembro. Em 2020, o lucro industrial avançou 4,1%. Em Xangai, o índice Composto teve modesta alta de 0,11%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,31% em Tóquio, impulsionado por ações do setor imobiliário e alimentício. Na Coreia do Sul e em Hong Kong, por sua vez, as bolsas recuaram pelo segundo dia consecutivo: o sul-coreano Kospi -0,57%; Hang Seng -0,32%. O dólar é cotado a 103,76 ienes, contra 103,64 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, as bolsas abriram, em sua maioria, em baixa, apesar de balanços de algumas empresas mostrarem resultados acima do esperado pelos analistas. O fraco índice de confiança do consumidor divulgado na Alemanha, também ajudou a estragar o humor dos investidores. O índice de confiança caiu de -7,5 pontos em janeiro para -15,6 pontos em fevereiro, de acordo com a projeção feita pelo instituto GFK. Isso indica que a confiança na Alemanha vai piorar significativamente em meio à nova onda de covid-19, o que levou a medidas de lockdown. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda discreta de -0,11%. O euro desvaloriza 0,26% frente ao dólar, negociado a US$ 1,2126. Principais bolsas da região não mostram sinal único: Londres recua 0,11%; Paris sobe 0,26%; Frankfurt cai 0,30%.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam, também sem direção única. Os balanços de empresas de tecnologia devem dar o tom para as bolsas. Ontem foi divulgado no after hours o resultado da Microsoft; hoje sai Apple e Facebook. O futuro do Nasdaq opera com alta de 0,47% no momento; enquanto os futuros do Dow Jones e do S&P 500 recuam -0,24% e -0,05%, respectivamente. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas fortes, sobe 0,26%, situando em 90,40 pontos. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe um ponto base para 1,04% ao ano. Não se espera por novidades no Fed/Fomc de hoje. A expectativa é que o presidente da instituição, Jerome Powell, reforce o compromisso de manter a sua política altamente estimulativa por longo tempo, em meio à pandemia do covid-19.

Os preços de commodities operam em alta no momento, com o índice geral da Bloomberg subindo 0,43%. Há avanço de 0,80% no preço do petróleo tipo WTI, cotado a US$ 53,03/bariil. Também há altas de 0,50% no cobre, 0,93% na soja e 0,34% no milho.

No mercado doméstico, a Bovespa deve seguir contagiada pelo otimismo que envolve os mercados acionários globais, diante da expectativa de manutenção da política monetária estimulativa pelo Fed, garantindo ampla liquidez global. As preocupações com o ajuste fiscal, em meio às incertezas de uma situação política que está longe de se estabilizar, podem resultar em pressões sobre o câmbio e os juros futuros.

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