Hoje na Economia 27/02/2014

Hoje na Economia 27/02/2014

Edição 981

27/02/2014

Mercados abrem os negócios, nesta manhã, sem um direcional claro, com os investidores aguardando o pronunciamento que Janet Yellen, Chairwoman do Fed, fará na Comissão dos Bancos do Senado americano as 12hs de Brasília. Espera-se que ela forneça alguma sinalização sobre a disposição do Fed de retardar o processo de redução de injeções de dinheiro em curso, ante a fraqueza dos indicadores econômicos divulgados neste início de ano. Pouco provável que o fim do "tapering" seja postergado. O Fed encara como natural atual moderação da economia americana, após a forte expansão do final do ano passado, devendo manter a redução da compra de ativos no ritmo atual de US$ 10 bilhões ao mês.

Nos mercados americanos, a Treasury de 10 anos remunera a 2,64% ao ano, refletindo a decepção dos agentes com a fraca atividade americana neste princípio de ano. O dólar mostra ligeira tendência de apreciação ante as principais moedas (dólar index: +0,10%). Os futuros das principais bolsas americanas operam em queda: S&P -0,31% e D&J -0,29%. Os investidores também estarão atentos à divulgação dos pedidos de bens duráveis, que segundo o consenso do mercado, devem ter recuado 1,7% em janeiro, na comparação com mês anterior. Serão conhecidos também os pedidos de seguro desemprego, que devem totalizar 335 mil pedidos, mil a menos do que o dado divulgado na semana passada.

Na Europa, resultados corporativos aquém do esperado pelos analistas azeda o humor dos investidores nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em queda de 0,87%, no momento. Principais bolsas da região também atuam no vermelho: Londres -0,84%; Paris -0,69% e Frankfurt -1,22%. O euro é negociado a US$ 1,3653 contra US$ 1,3688 de ontem à tarde.

Na Ásia, mercados atuaram à espera do pronunciamento de Janet Yellen no Senado americano. O índice MSCI Asia Pacific fechou estável. Em Tókio, os investidores preferiram não elevar a exposição em ações aguardando a evolução dos eventos nos EUA, o que pode definir uma tendência mais firme do iene ante ao dólar. O índice Nikkei encerrou o dia com queda de 0,32%. O dólar é cotado a 101,88 ienes, nesta manhã, recuando ante a cotação de 102,37 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto fechou com alta de 0,30%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, apurou ganho de 1,74%.

No mercado de commodities, o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 102,39/barril, com queda de 0,20% no momento, devolvendo parte dos ganhos recentes. Demais commodities também operam em queda: metais -0,31%, agrícolas -0,10%e energéticas -0,51%.

A Bovespa deve abrir os negócios influenciados pelo balanço da Vale, divulgado ontem à noite, mas sem perder de vista a sinalização dos indicadores econômicos americanos e o discurso de Yellen no Senado. A decisão do Copom de subir a Selic para 10,75% foi amplamente antecipada pelo mercado, o que significa que a reação ao evento deverá ser moderada. Caso o resultado do PIB do 4T13, que será divulgado amanhã, venha pior do que o esperado pelos analistas, o mercado poderá começar a considerar que, a elevação de ontem, encerraria o atual ciclo de aperto monetário.

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