Hoje na Economia 27/02/2015

Hoje na Economia 27/02/2015

Edição 1222

27/02/2015

Mercados operam, nesta manhã, sem uma tendência definida. Realizam ganhos na medida em que alguns resultados corporativos decepcionam as estimativas dos analistas, mas não existe um movimento típico de aversão ao risco.

Na Europa, as ações operam em leve baixa, interrompendo uma sequência de máximas em vários anos atingidas durante esta semana. O índice pan-europeu STOXX600 recua 0,12% no momento, após ter registrado valorização de 1% no pregão de ontem. Em Londres, o índice FTSE100 apontava, há pouco, baixa de 0,07%, enquanto, em Frankfurt, o DAX30 caía 0,08% e, em Paris, o CAC40 perdia 0,07%. Realizam-se lucros após os avanços recentes, motivados pela solução temporária para a dívida da Grécia e pelo sentimento positivo que cerca o início do QE europeu na próxima semana. O euro troca de mãos a US$ 1,1216, subindo em relação a US$ 1,1198 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, os futuros dos índices de ações S&P e D&J também operam em leve baixa nesta manhã, registrando quedas de 0,16% e 0,07%, respectivamente. O índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas, opera em queda, recuando 0,21% no momento. Trata-se de um ajuste técnico após a alta de ontem, que refletiu o aumento das apostas em elevação dos juros pelo Fed ainda neste semestre. Consequência da percepção de que a inflação americana deve voltar a subir nos próximos meses, conforme delineado pela tendência captada pelo núcleo da inflação ao consumidor de janeiro divulgado ontem. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,043% ao ano, nesta manhã. Na agenda, o crescimento econômico americano no 4º trimestre, provavelmente, deve ser revisado para baixo, de 2,6% da primeira estimativa para 2,0%.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam sem direção única. A bolsa de Tókio, após passar grande parte do pregão em baixa, fechou em ligeira alta (+0,06%), refletindo as compras de fundos de pensão e pela resiliência do dólar frente à moeda japonesa. O dólar é cotado a 119,41 ienes, mantendo-se no mesmo patamar de ontem à tarde, após ter recuado para 119,10 ienes durante a sessão asiática. Na China, o índice Composto, referência da Bolsa de Xangai, encerrou o dia com alta de 0,36%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em baixa de 0,32%. Em Seul, o índice Kospi perdeu 0,37%, nesta sexta-feira.

Os futuros do petróleo WTI, a referência americana, voltaram ao terreno positivo no dia de hoje durante a sessão asiática, enquanto se espera pela divulgação dos dados referentes à contagem semanal do número de poços em atividade nos EUA. No momento, o produto é cotado a US$ 49,33/barril, com valorização de 2,37%.

Mo mercado doméstico, há motivos para otimismo que pode impulsionar a Bovespa, conter a valorização do dólar e abrir espaço para fechamento dos juros futuros. O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, através de decreto, limitou as despesas de custeio e investimentos a R$ 75 bilhões até abril, um corte de aproximadamente 22% sobre as despesas realizadas no primeiro quadrimestre de 2014. Deve ser anunciado, ainda hoje, a revisão da desoneração sobre a folha de pagamento, que pode recuperar a renúncia fiscal de R$ 21,5 bilhões, verificada nessa rubrica no ano passado.

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