Hoje na Economia 27/03/2017

Hoje na Economia 27/03/2017

Edição 1732

27/03/2017

Mercados abrem em baixa, nesta segunda-feira, em meio a preocupações com a capacidade do presidente dos EUA, Donald Trump, de avançar com sua agenda pró-crescimento, após sofrer revés no Congresso na sexta-feira quando não conseguiu aprovar o seu projeto de saúde em substituição ao chamado Obamacare.

A moeda americana continua em queda, estando próxima de devolver o rali que ocorreu logo após a vitória de Donald Trump. O índice DXY recua 0,44% nesta manhã, situando-se em 99,192 pontos, patamar observado em princípios de novembro. O yield da Treasury de 10 anos permanece em queda, situando-se em 2,36% ao ano, com queda de 1,93%. O mercado de ações se prepara para mais um dia de queda, conforme assinalam os futuros das principais bolsas americanas. O futuro do S&P 500 registra queda de 0,84%, no momento.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam em baixa. O índice MSCI Asia Pacific fechou a sessão com queda de 0,30%. Em Tóquio, o índice Nikkei perdeu 1,44%, encerrando o pregão em 18.985,59 pontos, o menor nível desde fevereiro. O fortalecimento da moeda japonesa explica boa parte do resultado negativo das ações japonesas. O dólar é negociado a 110,35 ienes, contra 111,07 ienes no fim da tarde de sexta-feira. Na China, o índice Xangai Composto teve baixa marginal de 0,08%, ao passo que, em Hong Kong, o índice Hang Seng teve desvalorização de 0,68%.

Na Europa, à semelhança das bolsas asiáticas, os investidores mostram-se cautelosos, evitando ativos de maior risco. Bolsas de ações da região recuam de forma generalizada: Londres -0,61%; Paris -0,31%; Frankfurt -0,73%. O índice pan-europeu de ações registra recuo de 0,50%, no momento. O euro é cotado a US$ 1,0869, subindo do valor de US$ 1,0799 verificado no final de sexta-feira.

No mercado de petróleo, os futuros operam, nesta manhã, em baixa, movido por preocupações com o avanço na produção dos EUA, num momento em que Opep e Rússia se esforçam para conter sua oferta. A percepção é de que a oferta do produto continua superando a demanda, exigindo cortes maiores na produção. O contrato futuro, para entrega em maio, do tipo WTI é cotado a US$ 46,69/barril, com queda de 0,56%.

No âmbito doméstico, os ativos devem continuar precificando o aumento dos riscos locais. Na terça-feira, o governo deve anunciar as medidas para tapar o buraco de R$ 58,2 bilhões no Orçamento deste ano. Também na terça-feira, o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decidirá sobre os pedidos da Procuradoria Geral da República (PGR), sobre as delações da Odebrecht. Fatores de risco não autorizam apostas otimistas nos ativos locais. O câmbio deve ficar próximo da cotação de R$ 3,15/US$, enquanto os juros futuros devem ficar de lado à espera do Relatório de Inflação que será divulgado amanhã. Na Bovespa, além dos riscos internos, pesa também o mau humor decorrente da frustração com o governo do presidente Donald Trump.

Topo