Hoje na Economia 27/03/2018

Hoje na Economia 27/03/2018

Edição 1979

27/03/2018

Mercados financeiros abrem o dia com altas fortes, com visão de que guerra comercial dos EUA com outros países pode ser mais amena devido a declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, corroborando os rumores de ontem.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 1,4%. O índice Nikkei225 do Japão subiu 2,65% enquanto a bolsa de Xangai avançou 1,05%. O iene se valoriza 0,33% para 105,76 contra o dólar. O humor das bolsas asiáticas também foi ajudado pela notícia de que o líder norte-coreano Kim Jong Un visitou a China, diminuindo as tensões geopolíticas na região.

Na Europa as bolsas têm altas bem fortes, as maiores em semanas. O índice pan-europeu STOXX600 avança 1,4%, o FSTE100 de Londres 1,96%, o CAC40 de Paris 1,38% e o DAX de Frankfurt 1,82%. O Euro está se desvalorizando -0,34%, cotado a 1,2402 contra o dólar, enquanto a libra se deprecia -0,84%. O indicador de clima de negócios de março veio um pouco abaixo do esperado 1,34 contra 1,36, diminuindo em relação ao mês passado (1,48).

Nos EUA, o futuro do S&P500 está em alta, de 0,47%. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY subindo 0,48%, em especial devido às moedas europeias. Os juros futuros recuam ligeiramente, com o yield da Treasury de 10 anos a 2,8465% a.a.. Hoje sairá o dado de confiança do consumidor do Conference Board, para o qual a expectativa é de ligeira alta em relação ao mês anterior.

Os preços de commodities sobem com a melhora do ambiente econômico internacional, com o índice de commodities da Bloomberg avançando 0,29%. O preço do petróleo tipo WTI sobe 0,52%, a US$ 65/barril.

No Brasil, a ata do Copom foi divulgada com um tom dovish, justificando a queda na reunião passada e a grande possibilidade de mais uma queda na próxima reunião devido à inflação corrente e projetada mais baixa. Os núcleos de inflação estavam mais baixos e a inflação projetada para 2018 havia sofrido uma queda substancial (de 4,1% para 3,8%). As decisões para reuniões além de maio serão pautados mais pelas projeções de inflação para 2019, devido às defasagens com que a política monetária afeta a economia, e portanto o Copom prefere ser mais cauteloso, com o cenário base sendo de manutenção de juros. É importante mencionar, no entanto, a queda na projeção da inflação para 2019 que ocorreu no Focus (de 4,2% para 4,1%) e no Top 5 do Focus (de 4,0% para 3,7%). Os juros futuros devem recuar hoje com esse tom dovish do Copom, enquanto a bolsa brasileira deve subir acompanhando o movimento internacional. O real, por sua vez, deve se valorizar diante do dólar, acompanhando o movimento das commodities.

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