Hoje na Economia 27/04/2017

Hoje na Economia 27/04/2017

Edição 1753

27/04/2017

Mercados operam entre altos e baixos, nesta manhã, flutuando entre margens estreitas, motivados mais por razões locais. A proposta de reforma tributária, anunciada pelo governo de Donald Trump, não trouxe surpresa, vindo em linha com o que já havia vazado na imprensa. Falhou, contudo, em não apresentar um cronograma para aprovação do plano no Congresso, onde o novo governo colheu fracassos recentemente.

Os ativos americanos oscilam de forma moderada. O anúncio do governo Trump de que não pretende sair de imediato da NAFTA fortaleceu as moedas mexicanas e o dólar canadense. Para as demais moedas, o dólar não mostra tendência definida. O índice DXY permanece flutuando em torno de 99,020 pontos, mesmo patamar de ontem no início dos negócios. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos continua girando ao redor de 2,30% ao ano. O índice futuro de ações do S&P apresenta discreta alta (+0,02%), nesta manhã.

No mercado europeu, enquanto se aguarda pela decisão de política monetário do Banco Central Europeu (às 8h45), bolsas de ações operam impulsionadas pela divulgação de diversos balanços corporativos, onde muitos ficaram abaixo das projeções dos analistas. O índice de ações pan-europeu STOXX600 opera com queda de 0,37%. Principais bolsas da região também operam no vermelho: Londres -0,62%; Paris -0,34%; Frankfurt -0,26%. O euro é negociado a US$ 1,0897, recuando frente ao valor de US$ 1,0907 de ontem pela tarde.

As bolsas asiáticas, por sua vez, fecharam majoritariamente em alta graças à recuperação dos mercados chineses, ainda que pesassem dúvidas sobre a aprovação do plano tributário nos EUA. No terceiro dia seguido de ganhos na China, o índice Xangai Composto subiu 0,36%. A valorização se seguiu após comentários do presidente chinês, Xi Jinping, sinalizando que o governo poderá ser mais brando nos esforços de combater negócios especulativos com ações. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve valorização de 0,49%. Em Tóquio, o índice Nikkei apurou baixa discreta (-0,19%), em meio às dúvidas sobre a proposta tributária nos EUA e a decisão de politica monetária do Banco do Japão (BoJ). O banco central decidiu manter sua política monetária inalterada, mas reduziu sua projeção de inflação para o ano fiscal que se encerra em março, de 1,5% para 1,4%. A meta de inflação do BoJ é de 2%. O dólar é cotado a 111,30 ienes, contra 111,09 ienes de ontem à tarde.

Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã. A queda reflete as dúvidas sobre se a Rússia irá prorrogar esforços de cortar sua produção da commodity. O contrato futuro para entrega em junho do produto tipo WTI é negociado a US$ 49,14/barril, com queda de 0,97%, no momento.

Especulações sobre as possibilidades de aprovação da reforma tributária proposta pelo governo de Donald Trump devem também influenciar o mercado acionário doméstico, além dos reflexos dos balanços divulgados pelo Bradesco e Vale. A aprovação da reforma trabalhista por 296 votos contra 177 pode impactar positivamente sobre as expectativas que cercam a aprovação da reforma da Previdência. Na agenda, a divulgação do IGP-M de abril que deve registrar deflação de 1,02% (contra +0,01% em março), reduzindo a alta acumulada em doze meses para 3,45%.

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