Hoje na Economia 27/04/2018

Edição 2001

27/04/2018

Mercados operam em alta, nesta manhã de sexta-feira, sustentados por resultados do setor de tecnologia superiores ao esperado pelos analistas, ao mesmo tempo em que se acompanha o histórico encontro entre os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul.

O índice MSCI Asia Pacific fechou a sessão de hoje com alta de 0,30%, refletindo a recuperação das ações de tecnologia, depois que a Amazon, Intel e Baidu apresentaram lucros acima dos projetados pelo mercado. No Japão, o Banco do Japão (BoJ) manteve inalterada as diretrizes de política monetária, ao mesmo tempo em que reduziu as perspectivas para a inflação. Para o ano fiscal corrente, que encerra em março de 2019, a inflação deve ficar em 1,3% (antes era de 1,4%) ainda distante da meta de 2%. O iene permaneceu relativamente estável contra o dólar, que é cotado a 109,31 ienes nesta manhã, com leve recuo diante da cotação de 109,34 ienes de ontem à tarde. O índice Nikkei da bolsa de valores de Tóquio fechou com ganho de 0,66%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,23%, refletindo, em parte, o crescimento do lucro industrial em 3,1% em março, em dado divulgado na madrugada de hoje. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,91%, como também fecharam em alta as demais bolsas da região, refletindo as expectativas otimistas que cercam as conversações entre as duas Coreias.

Na Europa, o PIB do Reino Unido e o PIB da França, referentes ao primeiro trimestre, vieram abaixo do esperado pelo mercado. No Reino Unido, teme-se o efeito do Brexit minando a força da economia, enquanto o enfraquecimento da economia francesa acende uma luz amarela sobre a força da recuperação da zona do euro no longo prazo. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com alta marginal (+0,10%), nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,59%; em Paris o CAC40 avança 0,17%; em Frankfurt, o DAX ganha 0,60%. O euro recuou para US$ 1,2078 de US$ 1,2107 de ontem à tarde.

No mercado americano, o yield pago pela T-Bond de 10 anos voltou a ser operado abaixo de 3,0% ao ano. Neste momento, situa-se em 2,968%, o mais baixo na semana. O dólar sobe frente às principais moedas, refletindo a alta de 0,26% para o índice DXY, que se situa em 91,80, o mais alto das últimas duas semanas. Esses ativos serão influenciados pela divulgação da primeira estimativa do PIB americano do 1º trimestre, as 9h30. Segundo as projeções dos analistas, o crescimento do PIB americano recuou para 2,0% no período, contra 2,9% no 4º trimestre do ano passado.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity da Bloomberg cai 0,46%, nesta manhã, refletindo, sobretudo, o recuo nos preços do petróleo. O contrato futuro do produto tipo WTI, para entrega em junho, é negociado a US$ 67,95/barril, com queda de 0,36%.

Na agenda doméstica, o IBGE divulga a taxa de desemprego de março, que deve ficar em 12,9% (12,6% em fevereiro), segundo a mediana das projeções do mercado. A FGV divulga o IGP-M de abril, que deve mostrar inflação de 0,54% no mês (0,64% em março), acumulando alta de 1,84% em doze meses. O otimismo que cerca a redução das tensões geopolíticas na península coreana e um PIB americano vindo dentro do esperado pelo mercado pode manter a taxa de câmbio abaixo de R$ 3,50/US$ e a Bovespa acima de 86 mil pontos.