Hoje na Economia – 27/04/2020

Hoje na Economia – 27/04/2020

Semana começa com investidores mostrando maior apetite ao risco, em que pese o ainda elevado nível de incerteza que paira sobre a economia global. Monitoram os planos de reabertura econômica em algumas das principais economias do mundo, enquanto aguardam por decisões de política monetária do Fed (quarta-feira) e Banco Central Europeu (quinta-feira). Hoje, o Banco do Japão (BoJ) manteve sua política monetária estimulativa, o que deve ocorrer com os bancos centrais americano e europeu.

Na Ásia, bolsas de ações locais fecharam em território positivo. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific terminou o dia com alta de 1,90%. Em Tóquio, o japonês Nikkei subiu 2,71%. O BoJ em sua reunião de política monetária manteve os juros, como esperado, mas anunciou que continuará a comprar bônus do Japão (JGB) e T-bills “sem estabelecer limites” e elevou sua meta de compras de dívida corporativa e commercial papers para 20 trilhões de ienes. O dólar perdeu força ante a moeda nipônica, sendo negociado a 107,16 ienes, com a moeda japonesa se valorizando 0,33%. Na China, o índice Composto de Xangai apurou alta de 0,25%. O Hang Seng subiu 1,88% em Hong Kong, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,79% em Seul. Em Taiwan, o índice Taiex fechou o dia com ganho de 2,13%.

Na Europa, mercados de ações mostram altas significativas, nesta manhã, com investidores animados com os sinais de retomada da atividade com a reabertura econômica nos principais países da região. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 1,74%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 1,71%; o CAC40 tem alta de 1,81% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 2,43%. Investidores esperam que o BCE mantenha a postura acomodatícia de sua política monetária, o que favorece o mercado de ações. O euro se fortalece diante da moeda americana, sendo cotado a US$ 1,0843, com alta de 0,18%, nesta manhã.

O ambiente mais propício ao risco, reduzindo a busca por segurança, favorece os futuros de ações da bolsa de Nova York, como também o rendimento das Treasuries. À declaração do governador de Nova York sobre uma reabertura em fases da economia local a partir do dia 15 de maio, se juntaram anúncios de outros governadores sobre a retomada gradual da economia, o que gradou sobremaneira os investidores. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 1,07%; S&P 500 tem alta de 1,10%; Nasdaq avança 1,34%. Entre os Treasuries, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,2263% e o da T-note de 10 anos avançava a 0,6321%. O dólar recua ante as moedas fortes. O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, recua 0,40%, situando-se em 99,98 pontos.

Os contratos futuros de petróleo operam em queda, nesta manhã, refletindo os temores sobre um excesso de oferta em um quadro de demanda muito fraca, resultante da pandemia de coronavírus. Nesta manhã, o contrato do petróleo tipo WTI, para junho, é negociado a US$ 14,59/barril, com queda de 13,75%.

No mercado doméstico, os investidores deverão se favorecer do ambiente internacional favorável à tomada de risco, ao mesmo tempo em que avaliam os prováveis cenários para a evolução do ambiente político após a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. A Bovespa pode abrir em alta nesta manhã, mas a tendência será definida pela evolução da crise política. A taxa de câmbio deve se manter pressionada, assim como as taxas de juros em todos os vértices, em função das maiores incertezas no quadro político e menor visibilidade sobre a perspectiva fiscal.

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