Hoje na Economia – 27/04/2023

Economia Internacional

Nos EUA, a primeira divulgação do PIB do 1º trimestre, que ocorreu nesta manhã, mostrou expansão de 1,1% T/T anualizada, inferior à esperada pela mediana das projeções de mercado, de 1,9%, e à expectativa da SulAmérica Investimentos, de 1,4%. Em termos de composição, houve contribuição positiva do consumo privado e dos gastos do governo, indicando resiliência da demanda interna, enquanto a contribuição negativa mais intensa veio de estoques.

O restante da agenda de dados americanos também contou com a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que vieram mais baixos do que o esperado (230 mil contra 248 mil), e ainda reserva a divulgação da sondagem industrial do Fed de Kansas City referente a abril e das vendas pendentes de casas em março.

Economia Nacional

O IGP-M registrou variação de -0,95% M/M em abril, abaixo do esperado pela mediana das expectativas de mercado (-0,71% M/M) e desacelerando em relação à ligeira alta do mês anterior (0,05% M/M). A surpresa baixista no dado de abril foi explicada pela queda de 1,45% M/M dos preços ao produtor, na esteira do arrefecimento mais intenso nos preços de bens agropecuários, com destaque para grãos (soja e milho). Os preços ao consumidor também desaceleraram no mês, de 0,66% M/M para 0,46% M/M, puxados pela descompressão no grupo de Transportes. O INCC teve alta de 0,23% M/M. Na comparação interanual, a inflação medida pelo IGP-M acumula queda de -2,17%.

O volume de serviços em fevereiro surpreendeu positivamente o consenso de mercado ao mostrar avanço de 1,1% M/M, ante 0,5% M/M esperado, compatível com expansão de 5,4% na comparação interanual. Na abertura por atividades, os destaques foram os serviços de Transportes, que avançaram 2,3% M/M; os serviços de informação e comunicação, que subiram 1,6% M/M; e outros serviços, que tiveram alta de 0,7% M/M. Por outro lado, os serviços prestados às famílias recuaram 0,7% M/M.

Hoje a agenda doméstica de dados ainda conta com a divulgação do CAGED de março, que deve mostrar criação de 90 mil postos de trabalho formais, e do Resultado Primário do Governo Central em março.