Hoje na Economia 27/06/2017

Hoje na Economia 27/06/2017

Edição 1794

27/06/2017

A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados no dia de hoje diante da expectativa de fraco crescimento global. Temores que foram exacerbados pelos fracos resultados de atividade divulgados ontem nos EUA. Mercados de ações, tanto na Ásia como na Europa, operaram, em sua maioria, no vermelho, com investidor adotando uma postura cautelosa diante de dados mistos sobre a maior economia do mundo.

Na Ásia, principais bolsas da região terminaram a sessão desta terça-feira em direções mistas. O índice pan-asiático Dow Jones Pacific fechou com alta moderada (+0,10%). No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em alta, impulsionada por ações de exportadoras, refletindo a valorização do dólar frente à moeda japonesa. O índice Nikkei apurou ganho de 0,36%. O dólar é negociado a 111,73 ienes, recuando frente à cotação de 111,89 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai teve elevação de 0,18%, puxada pelas ações do setor bancário. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,12%, refletindo a queda das ações do setor de tecnologia.

Na Europa, o discurso de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), não jogou muita luz sobre os próximos passos da política monetária europeia. Reforçou a visão de que a economia da zona do euro ganha força, devendo levar a inflação para a sua tendência natural no médio prazo. Por essa razão, reforçou a necessidade de se manter os estímulos monetários, no momento para que as pressões da inflação subjacentes apoiem a inflação geral no médio prazo. O euro subiu diante da moeda americana, sendo cotado a US$ 1,1255 de US$ 1,1184 no final da tarde de ontem. O índice pan-europeu de ações STOXX600 recua 0,43%, nesta manhã, tendência acompanhada pelas principais bolsas da região: Londres -0,06%; Paris -0,35%; Frankfurt -0,30%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,156% ao ano, no momento, recuperando-se após recuar para 2,135% ontem após a divulgação dos dados sobre pedidos de bens duráveis, que vieram abaixo das expectativas do mercado. O dólar mostra ligeira queda frente às principais moedas, enquanto o índice futuro do S&P 500 registra perda de 0,09%, nesta manhã.

No mercado de commodities, o petróleo opera em alta com expectativas de queda nos estoques americanos. O petróleo tipo WTI para agosto é negociado a US$ 43,79/barril, com valorização de 0,92%, no momento.

No Brasil, o presidente Michel Temer foi denunciado pelo procurador geral de República por crime de corrupção. O mercado já havia precificado essa possibilidade. O que preocupa é que esta não será a única denuncia. O presidente deve ainda responder por suspeitas de obstrução de justiça. O fatiamento das acusações deve arrastar a crise política para o segundo semestre, deixando o presidente refém da Câmara para manter o seu mandato. O desenrolar desses eventos, paralisando o andamento das reformas, deve impactar nos mercados domésticos, promovendo possível realinhamento dos preços dos ativos.

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