Hoje na Economia – 27/06/2022

Hoje na Economia – 27/06/2022

Cenário Internacional
Na última sexta-feira, foram divulgados os dados de vendas de novas residências em maio nos EUA. O avanço superior a 10% em relação ao último número surpreendeu positivamente, ficando no topo das expectativas. A surpresa foi bem vista pelos mercados, pois aponta alguma reabilitação do setor imobiliário americano, que vinha em tendência de queda em razão dos preços de casas e juros de hipoteca historicamente elevados. Também na sexta-feira foi conhecida a leitura final do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, que veio em linha com o esperado pelo mercado. Em destaque, houve revisão baixista das expectativas da inflação nos EUA de 1 ano (de 5,4% para 5,3%) e de 5 anos  à frente (de 3,3% para 3,1%) em comparação com a leitura prévia. Este último dado é especialmente relevante, pois a piora da prévia foi um dos motivos apontados pelos membros do FOMC pra necessidade de maior aperto monetário.
Hoje, serão divulgadas as encomendas de bens duráveis nos EUA referentes a maio e a sondagem industrial do Fed de Dallas. Na Zona do Euro, a presidente do ECB Christine Lagarde discursa em conferência cujo tema será “Desafios para a política monetária em um mundo em rápida mudança”.
Cenário Brasil
Prévia da inflação de junho, o IPCA-15 ficou em 0,69% M/M, acima da expectativa da SulAmérica Investimentos de alta de 0,64% M/M. O número teve composição qualitativamente ruim, com surpresa negativa em serviços subjacentes, que subiram em relação ao IPCA de maio, e em bens industriais. A frustração com a desinflação esperada para serviços subjacentes preocupa e mostra resiliência da dinâmica inflacionária de curto prazo. Com isso, revisamos para cima nossa projeção para o IPCA fechado, de junho de 0,74% M/M para 0,78% M/M.Hoje devem ser detalhadas, pelo relator Sen Fernando Bezerra, as novidades no parecer da PEC dos combustíveis, que tende a ser votada amanhã. O principal destaque é a ampliação dos gastos previstos no projeto de R$ 29,6 bilhões para R$ 34,8 bilhões, o que inclui o aumento no valor do Auxílio Brasil para R$600,00 e a zeragem da fila de beneficiários, a extensão do vale-gás e a criação do Auxílio Caminhoneiro de R$1.000,00.

Topo