Hoje na Economia – 27/06/2024
Cenário Internacional
Nesta madrugada, foram divulgados os lucros industriais referentes a maio na China, que cresceram 3,4% no acumulado deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.
Hoje a agenda internacional contou com a divulgação de dados de atividade nos EUA. A 3ª revisão do PIB do 1º trimestre mostrou crescimento de 1,4% T/T anualizado, ante 1,3% na leitura anterior. A despeito da revisão altista, que se deu nas exportações líquidas e no investimento, o consumo das famílias foi revisado para baixo. As encomendas de bens duráveis avançaram 0,1% M/M na leitura preliminar de maio, surpreendendo a projeção mediana do mercado de -0,5% M/M. O núcleo de encomendas que exclui transportes recuou 0,1% M/M, abaixo da expectativa de +0,2%. As encomendas de bens de capital também surpreenderam para baixo (-0,6% M/M vs. +0,1% M/M) após alta de 0,2% no mês anterior.
Cenário Brasil
No âmbito local, os mercados repercutem a divulgação do decreto relativo ao sistema de meta contínua de inflação, anunciado ontem. Em substituição ao sistema de meta definido pelo ano-calendário, o novo sistema propõe que a autoridade monetária considere a inflação acumulada em 12 meses, de modo que será configurado descumprimento da meta de inflação – mantida em 3%, com bandas de 1,5 p.p. – caso essa métrica permaneça fora dos intervalos superiores e inferiores por 6 meses consecutivos.
Nesta manhã o Banco Central divulgou o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que reforçou a visão da autoridade monetária associada ao dinamismo da atividade. A projeção do BC para o crescimento do PIB de 2024 foi revisada de 1,9% para 2,3%, com revisões altistas da indústria e dos serviços no lado da oferta e do consumo das famílias e do investimento no lado da demanda.
O IGP-M de junho, também divulgado nessa manhã, registrou variação de 0,81% M/M, levemente abaixo do esperado pelos analistas (0,85% M/M) e condizente com alta acumulada em 12 meses de 2,45%. A alta no dado de junho foi observada nas 3 aberturas, com destaque para os preços ao produtor, que subiram 0,89% na margem. Houve alguma descompressão pelo lado dos produtos industriais, mas os itens agropecuários aceleraram 1,84% M/M nesta leitura, puxados pela batata-inglesa e pelo leite in natura. Os preços ao consumidor também registraram elevação de alimentos, subindo 0,46% M/M. O INCC variou 0,93% M/M.