Hoje na Economia 27/07/2017

Hoje na Economia 27/07/2017

Edição 1817

27/07/2017

Mercados financeiros abrem o dia alternando perdas e ganhos após digerirem decisão de política monetária de ontem nos EUA. Foco hoje está mais concentrado em divulgação de balanços de empresas.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta após o comunicado do FOMC (comitê de política monetária dos EUA) parecer mais dovish, ressaltando que a inflação ainda está abaixo da meta de 2%. O índice MSCI Ásia Pacífico subiu 1,1%, com alta de 0,15% no índice Nikkei225 do Japão e +0,06% na bolsa de Xangai na China. O iene está se depreciando levemente contra o dólar, -0,15%, após ter se valorizado bastante ontem após o anúncio do FOMC. Ele está cotado a ¥/US$ 111,34, ainda apreciado em relação ao valor que vigorava antes da decisão do FOMC (em torno de ¥/US$ 112,0).

Na Europa as bolsas operam sem direção única, próximo de variação nula. O índice pan-europeu STOXX600 está com alta de +0,02%, o FTSE100 de Londres sobe +0,07%, o CAC40 de Paris sobe +0,10% enquanto o DAX de Frankfurt recua -0,48%. O euro tem movimento parecido com o do iene, se depreciando levemente agora, -0,22%, porém ainda num patamar mais valorizado que o do dia anterior antes da decisão do FOMC (US$/€ 1,1708 agora, contra US$/€ 1,1620 antes da decisão do FOMC).

Os preços de commodities sobem hoje, com o índice da Bloomberg avançando +0,58%. O preço do petróleo sobe +0,16%, com o barril tipo WTI cotado a US$ 48,84. O preço do minério de ferro recuou ligieramente, -0,33%, para US$ 70,20/ton.

Nos Estados Unidos as bolsas ignoram o noticiário político conturbado, com a dificuldade de o governo Trump aprovar uma mudança no Obamacare no Senado, preferindo se concentrar no tom dovish do FOMC e nos resultados de empresas. Os índices futuros das bolsas sobem, com Dow Jones avançando +0,35% e o S&P500 subindo +0,13%. O dólar está perdendo valor ligeiramente, com o índice DXY recuando -0,05%, com o avanço contra ele ocorrendo em especial na libra, no dólar canadense e no dólar australiano. Os juros futuros americanos estão em leve alta, com a taxa de 10 anos a 2,2978% a.a., porém ainda mais baixa que antes do FOMC (2,34%).

No Brasil, o Copom cortou a taxa de juros em 100 pb ontem, como a maioria do mercado esperava, com um comunicado dovish que resultou em diversas casas diminuindo o valor da Selic no final do ano, de 8,00% para em torno de 7,50%. Há a possibilidade de o corte da próxima reunião ser de 100 pb, contra expectativa antes do comunicado em torno de 75 pb. Hoje serão divulgados os dados de crédito referentes a junho pelo Banco Central. A bolsa brasileira deve subir hoje, ajudada pelas commodities e pela diminuição da aversão ao risco nos mercados globais. O tom dovish do Banco Central deve ajudar certas ações a subirem, além de fazer os juros futuros recuarem hoje. O real, por sua vez, deve se valorizar contra o dólar, acompanhando as moedas de países dependentes de exportações de commodities.

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