Hoje na Economia – 27/09/2021

Hoje na Economia – 27/09/2021

Os investidores permanecem atentos aos sinais emitidos por importantes bancos centrais, preocupados com a aproximação do momento em que os principais bancos comecem a abandonar o afrouxamento monetário. O efeito imediato é a vendas de bônus, resultando na elevação dos yields de longo prazo das principais economias avançadas. A crise da imobiliária chinesa Evergrande continua no radar, com monitoramento das informações provenientes da China sobre esse imbróglio.

Na agenda desta segunda-feira estão previstos importantes pronunciamentos dos presidentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), assim como de dirigentes do Fed, que devem agregar novas informações sobre a condução da política monetária nos próximos meses. No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu três pontos base, para 1,48% ao ano, enquanto na Alemanha o bônus de 10 anos avançou um ponto base para -0,22% ao ano, enquanto no Reino Unido, o título equivalente subiu três pontos base para 0,95% ao ano. O índice DXY do dólar sobe 0,14%, valorizando principalmente sobre o euro, cotado a US$ 1,1694/€, que perde 0,22% no momento. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, com investidores avaliando se a economia global resistirá à eventual desaceleração na China. O futuro do Dow Jones sobe 0,45%; S&P avança 0,34%; Nasdaq exibe alta marginal de 0,09%.

Na Ásia, as bolsas não mostraram um direcional único. Os investidores se acalmam diante da crise da imobiliária chinesa Evergrande, após as turbulências da semana passada, que exacerbaram temores de que a crise pudesse atingir níveis globais. Ainda que as preocupações persistam, cresce a expectativa de que a China encontrará uma solução, não deixando que o problema assuma proporções do tipo Lehman Brothers. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou o dia operando em torno da estabilidade. No Japão, o índice Nikkei fechou com queda marginal de 0,03% em Tóquio, enquanto na China, o índice Xangai Composto caiu 0,84%, com fortes perdas nas ações de empresas de energia elétrica. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou alta marginal de 0,07%; enquanto o sul-coreano Kospi apurou ganho de 0,27% em Seul. A moeda japonesa é cotada a ¥ 110,93/US$, perdendo 0,18% no momento.

Na Europa, as principais bolsas da região também operam em alta, digerindo as eleições parlamentares da Alemanha, vencidas por estreita margem pelo Partido Social-Democrata (SPD). O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe valorização de 0,36% nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 avança 0,36%; O CAC40 valoriza 0,67% em Paris; em Frankfurt, o DAX registra ganho de 0,94%.

Os contratos futuros de petróleo sobem pela quinta sessão consecutiva diante da expectativa de possível aperto na oferta por parte dos grandes produtores, o que reduz os estoques globais da commodity. O contrato futuro do petróleo WTI, para novembro, é negociado a US$ 74,98/barril, com alta de 1,37%, nesta manhã.

No mercado doméstico, o Ibovespa deve seguir fragilizado diante das incertezas políticas domésticas, ampliando os riscos fiscais, e perspectivas de juros locais mais elevados. Os DIs futuros devem continuar pressionados: os vértices curtos ficarão à espera da ata do Copom amanhã, enquanto os longos atentos às questões fiscais e as treasuries. No câmbio, o BC inicia hoje os leilões extraordinários de swap cambial, buscando atenuar a volatilidade do dólar. A tendência é que a taxa de câmbio fique entre de R$ 5,30/US$ e R$ 5,40/US$, no curto prazo.

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