Hoje na Economia 27/10/2015

Edição 1385

27/10/2015

Investidores mostram-se mais cautelosos, buscando ativos de menor risco, enquanto aguardam as reuniões de política monetária do Fed e do Banco do Japão (BoJ). Espera-se por medidas que reforcem os estímulos a recuperação econômica mundial.

Por conta da busca por ativos considerados seguros, o iene avançou diante das principais moedas. Neste momento, o dólar é negociado a 120,46 ienes, com a moeda japonesa apreciando 0,52%. A bolsa de Tókio fechou a sessão desta terça-feira em baixa de 0,90%, com realização de lucros baseada nos sinais de que os principais BCs do mundo estariam inclinados a manter políticas monetárias frouxas. Na China, o índice Xangai Composto fechou com ligeira alta (0,14%), como também a bolsa de Hong Kong (+0,11%). Investidores de olho no início do Congresso do Partido Comunista Chinês, que deverá traçar as diretrizes econômicas para os próximos anos. O índice regional MSCI Asia Pacific perdeu 0,4% no dia de hoje.

Na Europa, bolsas de ações caem pelo segundo dia consecutivo, refletindo as baixas de papeis ligados a commodities e indústrias químicas. Preocupações com a economia mundial impedem melhor desempenho dos mercados de ações, enquanto se aguarda pelas decisões do Fed e do BoJ. O índice STOXX600 iniciou o pregão de hoje com queda de 0,30%. Demais praças também operam no vermelho: Londres -0,29%; Paris -0,21%; Frankfurt -0,10%. O euro troca de mãos a US$ 1,1047, com queda de 0,13% no momento.

Nos EUA, os futuros do S&P e D&J operam com baixas de 0,13% e 0,06%, respectivamente. O índice DXY, que reflete o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas, encontra-se em 96,813, com queda de 0,05%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,048% ao ano. No mercado futuro de Fed Funds, mercado precifica probabilidade de apenas 4% de o Fed subir os juros neste mês e cerca de 35% em dezembro,

No mercado de petróleo, a percepção de que o excesso de oferta persistirá por longo tempo, impede que a cotação do produto caminhe para níveis acima de US$ 50/barril. Hoje, o produto tipo WTI é negociado a US$ 43,35/barril, com queda de 1,2%, a menor cotação desde o final de agosto.

No mercado doméstico, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, colocou na pauta de votação desta semana projetos importantes para o ajuste fiscal proposto pelo governo. Serão apreciados os projetos de repatriação de recursos e o da securitização da dívida da União. Algum sinal de avanço no ajuste fiscal poderá animar os mercados nos próximos dias.