Hoje na Economia 27/10/2016

Hoje na Economia 27/10/2016

Edição 1632

27/10/2016

Mercados operam, nesta manhã, sem uma tendência clara, no embalo dos balanços corporativos que vêm sendo divulgados nos quatro cantos do mundo, com também refletindo a ligeira melhora nos preços do petróleo. Movimentos de realização de lucros são observados em alguns mercados, mas não se pode falar que exista movimento típico de aversão ao risco.

O dólar avança diante das principais moedas e o yield do T-bond superou 1,80% ao ano, o que não se observava desde junho, quando o Fed reafirmou sua intenção de voltar a subir os juros ainda este ano. Vendas de casa novas em setembro, atingindo patamares próximos ao nível mais elevado em 9 ano, e o setor de serviços expandindo em ritmo mais rápido do que previsto pelos analistas confirmam o cenário de alta dos juros americanos ainda este ano. No momento, o índice DXY encontra-se em 98,599, com alta de 0,10%, enquanto o juro do T-Bond de 10 anos situa-se em 1,818% ao ano (+1,49%). O futuro de ações do S&P 500 registra discreta queda no momento (-0,09%).

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,60%, refletindo a desvalorização de papeis referentes a empresas relacionadas ao petróleo. No Japão, a bolsa de ações de Tóquio fechou em baixa moderada. O índice Nikkei teve desvalorização de 0,32%, pressionado por balanços fracos de empresas japonesas. O dólar é negociado a 104,72 ienes, com a moeda japonesa perdendo 0,32%, no momento. Na China, o índice Composto de Xangai apurou perda de 0,13%, enquanto o Hang Seng da bolsa de Hong Kong perdeu 0,83%, no pregão de hoje.

Na Europa, os principais mercados operam em baixa, nesta manhã. O índice de ações pan-europeu registra queda de 0,28%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde de 0,17%; em Paris o CAC40 recua 0,47; em Frankfurt, o DAX cai 0,25%. A economia do Reino Unido desacelerou no 3º trimestre, na esteira da decisão do país de deixar a União Europeia, mas cresceu mais do que esperado. O PIB britânico subiu 0,5% no 3º trimestre (T/T) e registrou expansão anual de 2,3%, batendo as estimativas do mercado. O euro é negociado a US$ 1,0916, pouco abaixo da cotação de ontem de manhã (US$ 1,0922).

No mercado de petróleo, preços mostram tímida recuperação após as quedas de ontem. Os contratos futuros para entrega em dezembro do produto tipo WTI são negociados a US$ 49,33/barril, com alta de 0,28%, nesta manhã. O índice Geral de Commodity da Bloomberg sobe 0,33%, com destaque para agrícolas (+0,87%) e metais (+0,12%).

No mercado doméstico, enquanto se observa o desenrolar da crise entre Senado e Judiciário, investidores seguirão a divulgação do resultado primário do Governo Central, que em setembro deve mostrar déficit de R$ 23,6 bilhões, segundo o consenso do mercado. A Bovespa deve repercutir o balanço do 3º trimestre da Vale, como também a evolução das bolsas americanas, para as quais não se prognostica um bom desempenho, conforme sinalizado pelos futuros de ações, no momento. Expectativa de alta do dólar ante ao real, acompanhando a tendência global, atenuada internamente pelos fluxos decorrentes da repatriação.

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