Hoje na Economia 27/10/2017

Hoje na Economia 27/10/2017

Ediçaõ 1881

27/10/2017

O dólar sustenta o seu rally e os juros das Treasuries sobem impulsionados pela proximidade da implementação da reforma tributária proposta por Donald Trump, após o Senado aprovar resolução junto ao orçamento. O estresse do dólar também reflete as especulações de que o próximo "Fed chair" terá um perfil mais conservador (hawkish) do que a atual presidente, Janet Yellen.

No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua a 2,454% ao ano de 2,457% no final da tarde de ontem. O índice DXY permanece em seu maior nível desde julho, puxado pela expectativa da reforma fiscal de Trump e de que Janet Yellen está fora do páreo para o futuro presidente do Fed. No mercado futuro de ações, as principais bolsas americanas operam no azul: Dow Jones +0,12%; S&P 500 +0,18%; Nasdaq +0,37%. Hoje será divulgada a primeira leitura do PIB referente ao 3º trimestre. Segundo o consenso do mercado, o crescimento da economia americana diminuiu para 2,6% anualizado no período, de 3,1% no 2º trimestre.

Na Europa, mercados de ações operam em alta, dando continuidade ao movimento de ontem, enquanto o euro caminha para o seu menor valor frente ao dólar desde março último. Nesta manhã, a moeda comum troca de mãos a US$ 1,1636, recuando frente à cotação de US$ 1,1645 no fim da tarde de ontem, quando caiu 1,4%. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com valorização de 0,47%, seguido pelas bolsas de Londres +0,37%; Paris +0,74%; Frankfurt +0,72%. Na contramão, a bolsa de Madri registra queda de 0,51%, no momento.

Na Ásia, as bolsas fecharam o pregão desta sexta-feira majoritariamente em alta, impulsionadas por fortes balanços corporativos do Japão à Índia e pela perspectiva de que os estímulos monetários continuarão, ainda, por longo tempo na Europa. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,32% no pregão de hoje. Em Tóquio, o índice Nikkei teve sua maior alta em mais de um mês, de 1,24%. Esse desempenho refletiu os bons resultados empresariais e o enfraquecimento da moeda japonesa. O dólar que chegou a superar o patamar dos 114,0 ienes durante o pregão japonês é negociado a 113,98 ienes, no momento. Na China, o Xangai Composto subiu 0,27%, renovando a máxima em 22 meses. Demais bolsas da região também tiveram bom desempenho, com destaque para: Hang Seng de Hong Kong +0,84% e Kospi de Seul +0,64%.

No mercado de petróleo, as cotações operam em leva baixa nesta manhã. O contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em dezembro é negociado a US$ 52,61/barril, com queda de 0,06%, nesta manhã.

O espectro de um Fed mais conservador (hawkish) na substituição de Janet Yellen no próximo ano e o avanço da proposta fiscal expansionista de Donald Trump no Senado americano deve manter o dólar fortalecido em termos globais. Por aqui, a moeda americana pode testar níveis acima de R$ 3,30/US$. A pressão sobre o câmbio deve se transmitir sobre os juros futuros. A Bovespa pode buscar um respiro, na esteira do bom desempenho mostrado pelas bolsas internacionais, nesta manhã.

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