Hoje na Economia – 27/11/2020

Hoje na Economia – 27/11/2020

Em um ambiente de baixa liquidez, com os mercados americanos funcionando em meio expediente, investidores optam por realizações de lucros, de olho na expansão do covid-19 em várias regiões da Europa e EUA e dúvidas quanto ao momento em que se poderá contar com uma vacina definitiva.

Na Ásia, preocupações com a pandemia do covid-19 e dúvidas quanto à eficácia de algumas vacinas não impediram que as bolsas fechassem o dia em alta firme. Contribuiu para isso a divulgação do lucro das grandes empresas industriais da China, que saltou 28,2% em outubro ante a igual mês do ano passado, se constituindo no maior avanço em um único mês, reforçando o cenário de solidez do crescimento econômico chinês. O índice Composto da bolsa de Xangai apurou valorização de 1,14%. Outros destaques de alta foram as bolsas de Tóquio (Nikkei subiu 0,40%) e de Seul (Kospi avançou 0,29%). A bolsa japonesa operou nos maiores níveis desde maio de 1991, enquanto a sul-coreana encontra-se na máxima histórica. O Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,28%. O dólar se enfraqueceu diante da moeda japonesa, sendo negociado a 103,98 ienes de 104,47 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, em meio à baixa liquidez e preocupados com a demora em de se poder contar com uma vacina em plena operação, investidores permanecem cautelosos, optando pela realização de lucros. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta marginal de 0,04%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 recua -0,61%; o CAC40 sobe 0,34% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,29%. O euro é negociado a US$ 1,1927, se valorizando 0,12% no momento.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua dois pontos base para 0,86% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar, que mede o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas fortes, recua 0,10%, situando em 90,10 pontos, fechando a segunda semana consecutiva em queda. No mercado de ações, os principais índices futuros das bolsas de Nova York operam com viés de alta: o futuro do Dow Jones sobe 0,24%; S&P 500 avança 0,25%; Nasdaq se valoriza 0,36%.

No mercado de commodities em geral também prevalece movimentos de ajustes técnicos. O índice geral de commodity Bloomberg sobe moderados 0,20%, no momento. No mercado futuro de petróleo, pesam também ruídos sobre desentendimentos entre os integrantes do grupo da Opep+, antes do encontro que ocorre na próxima semana. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para entrega em janeiro é negociado a US$ 45,04/barril, com queda de -1,47%.

Na agenda econômica doméstica, a FGV divulga o IGP-M de novembro, que deve mostrar alta de 3,22% no mês e 24,4% em doze meses, segundo o consenso do mercado captado pela Bloomberg. O IBGE divulga a taxa de desemprego nacional captada pela pesquisa Pnad Contínua que deve ficar em 14,8% no trimestre encerrado em setembro, segundo as projeções do mercado. Em um dia sem direcional claro para os mercados e com os mercados americanos fechando mais cedo (15h), a Bovespa também deve passar por movimento de realização de lucros. Em dia mais tranquilo, o real deve se valorizar e os DIs futuros recuarem.

Topo