Hoje na Economia 27/12/2018

Edição 2164

27/12/2018

Mercados de ações operam esta manhã com sinais desencontrados, sem direcional único, após o forte rali observado nas bolsas de Nova York no pregão de ontem, quando os principais índices de ações se valorizaram entre 5% a 6%, recuperando-se das perdas observadas na véspera do Natal. Enquanto as bolsas asiáticas tentaram acompanhar o movimento de alta, os futuros de ações americanos e europeus não mostram fôlego para continuidade da tendência positiva.

Os futuros dos principais índices de ações de Nova York operam em queda nesta manhã, com o esgotamento do movimento altista de ontem. O futuro do índice Dow Jones recua 0,97%; do S&P 500 cai 0,93% e do Nasdaq perde 1,20%; sinais de uma abertura em queda para o mercado acionário americano. Na renda fixa, aversão ao risco leva o juro pago pelo T-Bond de 10 anos para 2,761% ao ano no momento, recuando diante da taxa de 2,815% de ontem à tarde. O dólar recua frente às principais moedas consideradas fortes, de acordo com o índice DXY, que recua 0,27% nesta manhã.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam sem direção única, mas alguns mercados se beneficiaram do rali visto em Nova York ontem. O índice Nikkei liderou os ganhos na Ásia com alta de 3,88% em Tóquio, se constituindo na maior valorização do índice num único pregão desde novembro de 2016. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 110,89 ienes, recuando ante o valor de 111,31 ienes de ontem à tarde. Também ficaram no azul, o sul-coreano Kospi, com avanço marginal de 0,02% em Seul, enquanto o Taiex subiu 1,72% em Taiwan. Na China, o dia foi de perdas, após um indicador mostrar queda anual de 1,8% no lucro das grandes empresas em novembro, após alta anual de 3,6% em outubro. Foi a primeira queda dos últimos quase três anos. O índice Xangai Composto terminou o dia com queda de 0,61%. O mau humor chinês também contaminou a bolsa de Hong Kong, onde o Hang Seng terminou o dia com perda de 0,67%.

Na Europa, à semelhança das bolsas asiática, os mercados não mostram tendência única. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com discreta queda de 0,02%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 mostra o mesmo comportamento do índice regional, operando em torno da estabilidade. Em Paris, o CAC40 é um dos poucos a operar no terreno positivo, registrando alta de 0,75% no momento. Já em Frankfurt, o DAX amarga perda de 0,57%. O euro troca de mãos a US$ 1,1390 de US$ 1,1356 no fim da tarde de ontem.

No mercado de petróleo, as cotações da commodity registram perdas nesta manhã, após as fortes altas de ontem, quando acompanharam o desempenho das bolsas de Nova York. Nesta manhã, o contrato futuro para o petróleo tipo WTI, para entrega em fevereiro, é negociado a US$ 45,48/barril, com queda de 1,60%.

A Bovespa deve acompanhar as bolsas de Nova York, que devem operar ao sabor das notícias sobre o governo americano. A sinalização de que Jerome Powell fica na presidência do Fed já impulsionou as bolsas ontem. Hoje, as atenções devem voltar para as negociações sobre a paralisação parcial do governo americano, que já completa seis dias. O impasse está formado, sem solução à vista, o que pode estender a paralisação para a próxima semana. As quedas nas bolsas chinesas, por conta de sinais adicionais de enfraquecimento da economia, também podem pesar sobre as ações brasileiras.