Hoje na Economia 28/01/2015

Edição 1204

28/01/2015

O foco hoje estará voltado para os Estados Unidos, onde ocorrerá a reunião de política monetária do Fed (Fomc), as 17hs de Brasília. Espera-se que o comitê repita que permanecerá paciente quanto ao momento de iniciar a alta dos juros, enquanto avalia o impacto de um mundo deflacionário sobre a economia americana. Os possíveis sinais sobre o momento em que o Fed deverá iniciar a alta de juros deverão ficar para as discussões contempladas na ata do encontro, que será divulgada daqui a duas semanas.

A divulgação do balanço da APPLE no "after hours" ontem, surpreendendo positivamente os analistas, fornece combustível para alta dos futuros das principais bolsas americanas, enquanto se aguarda pela reunião do Fed. O índice futuro do S&P registra alta de 0,21%, enquanto o D&J opera com discreta queda, no momento. O yield pago pelo Treasury de 10 anos situa-se em 1,804% ao ano, enquanto o dólar sustenta movimento de alta diante das principais moedas.

O mercado europeu abriu os negócios no campo positivo, impulsionados por bons resultados corporativos. No entanto, a alta não se sustentou. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com discreta queda (-0,04%), no momento. Londres perde 0,07%; Paris -0,32% e Frankfurt registra -0,15%. O euro recua frente ao dólar, sendo negociado a US$ 1,1346, contra US$ 1,1385 no fim da tarde de ontem.

Na Ásia, Singapura surpreendeu os mercados ao afrouxar, inesperadamente, sua política monetária, derrubando sua moeda frente à divisa americana, com objetivo de impedir que o ambiente deflacionário global contamine a economia local. A maioria dos mercados de ações da região encerrou o dia em alta. No Japão, o índice Nikkei apurou ganho de 0,15%, favorecido pelo fortalecimento do dólar frente ao iene, que superou o pessimismo vindo das quedas ocorridas nas bolsas americanas ontem. A moeda americana, que foi negociada a 118,10 ienes durante a sessão asiática, opera agora em 117,76 ienes. Na China, preocupações com a redução da oferta de crédito bancário, reduzindo os fluxos de recursos para o mercado acionário, derrubou a bolsa de Xangai, que fechou com perda de 1,41%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o dia com ganho de 0,22%.

Os preços do petróleo operam em queda, nesta manhã, diante de expectativa de alta nos estoques da commodity nos EUA, cujos volumes serão divulgados logo mais. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 45,44/barril, com queda de 1,71%. Entre as demais commodities, o destaque fica com os metais básicos, cujos preços sobem 0,95%, enquanto metais preciosos perdem 0,30%, no momento.

No âmbito doméstico, mercado de ações deve repercutir o balanço da Petrobrás do 3º trimestre, divulgado nesta madrugada, com lucro de R$ 3,087 bilhões, sem as baixas contábeis, com queda de 38% ante o 2º trimestre. No mercado de câmbio, fica a expectativa quanto à reunião do Fomc (17h), com potencial impacto sobre o dólar, enquanto o mercado de DIs futuros também fica focado no desempenho do dólar e das treasuries para definir uma direção para hoje, enquanto se espera pela ata da Copom, que será divulgada amanhã.