Hoje na Economia 28/03/2016

Edição 1483

28/03/2016

Expectativas de que o banco central norte-americano (Fed) possa elevar o juro básico na reunião de política monetária de abril pautam as ações do mercado no dia de hoje, fortalecendo o dólar, elevando os juros das Treasuries e mantendo a negociação do petróleo perto dos US$ 40,00/barril.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam majoritariamente em baixa. Exceção foi a bolsa de Tóquio, onde o índice Nikkei encerrou a sessão com alta de 0,77%, estimulada pelo fortalecimento do dólar, após indicadores mostrarem que a economia americana encontra-se mais forte do que se esperava. O dólar é negociado a 113,49 ienes, com a moeda japonesa perdendo 0,36%, no momento. Na China, os sinais de recuperação da economia americana, alimentando especulações sobre alta iminente dos juros, empurraram os investidores para defensiva. O índice Xangai Composto fechou com queda de 0,73%, enquanto em Hong Kong o índice Hang Seng caiu 1,31%. A moeda chinesa, yuan, fechou em queda ante ao dólar pela sexta sessão consecutiva, após o banco central chinês fixar para baixo a taxa de câmbio de referência.

Na Europa, devido ao feriado de Páscoa, mercados europeus permanecem fechados.

No mercado americano, o futuro do índice S&P 500 registra alta de 0,39%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,91%, com alta de 0,47%. O dólar, após a forte alta de sexta-feira última, opera estável nesta manhã (índice DXY: -0,03%). Na agenda de indicadores econômicos, serão divulgados dados de renda e consumo referentes a fevereiro. Destaque para a inflação registrada pelo deflator dos gastos com consumo – o PCE – cujo núcleo deve se aproximar de 2,0% anuais, reforçando a avaliação dos membros mais conservadores do Fed de que a inflação está se aproximando da meta, reforçando apostas na alta dos fed funds em abril.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 39,77/barril, com alta de 0,79%, nesta manhã. O índice geral de commodity da Bloomberg mostra estável no momento, mas metais básicos recuam 0,50% e commodities agrícolas tem desvalorização de 0,79%, no momento.

No Brasil, ainda que sem perder de vista o ambiente global, os preços de mercado continuarão direcionados principalmente por fatores internos, especialmente de cunho político. Provavelmente, os investidores devem antecipar desde hoje a decisão da reunião do PMDB de amanhã, de deixar a base do governo, reforçando as chances do impeachment. No final de semana, o diretório do PMDB do Rio de Janeiro anunciou a retirada de seu apoio ao governo Dilma, praticamente selando o desembarque do maior aliado, o que deve provocar um efeito em cadeia sobre os demais partidos que compõem a base governamental.