Hoje na Economia – 28/03/2022

Hoje na Economia – 28/03/2022

Os títulos soberanos permanecem em queda, elevando os juros longos, enquanto as bolsas abrem a sessão sem direcional claro, nesta manhã. Os investidores permanecem preocupados com os impactos de elevadas pressões inflacionárias e o forte aperto monetário sobre o crescimento econômico. Nesse sentido, a semana traz dados sobre o mercado de trabalho e inflação nos EUA, importantes para se avaliar o quadro atual da economia americana neste momento em que o Fed se prepara para apertar sua política monetária de forma mais agressiva.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, à medida que preocupações sobre a pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e a tendência de aperto monetário nos EUA afetam o apetite ao risco. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou com baixa de 0,30%, o terceiro pregão consecutivo no negativo. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,73%, apesar da fraqueza do iene em meio às intervenções do Banco do Japão (BoJ); enquanto o sul-coreano Kospi teve baixa marginal de 0,02%. Em Taiwan, o índice Taiex recuou 0,89%. Na China, em Xangai foi decretado lockdown escalonado para conter novo surto de covid-19. O índice Xangai Composto fechou perto da estabilidade (+0,07%). Destaque de alta foi a bolsa de Hong Kong, onde as ações de tecnologia levaram o índice Hang Seng a fechar, esta segunda-feira, com ganho de 1,31%.

No mercado americano, os juros dos Treasuries permanecem operando em alta. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu três pontos base para 2,50% ao ano, reagindo aos sinais de que o Fed se prepara para apertar sua política monetária de forma mais intensa. O dólar segue se fortalecendo frente às principais moedas. O índice DXY do dólar avança 0,35%, a 99,14 pontos, no momento. O euro é negociado a US$ 1,0987/€; enquanto a libra é cotada a US$ 1,3137/£. Os índices futuros das bolas de Nova York operam com sinais mistos, dificultando uma aposta firme para a abertura dos mercados à vista, nesta manhã. O índice futuro do Dow Jones opera com alta de 0,10%, enquanto do S&P 500 recua 0,09%. O futuro do Nasdaq tem queda de 0,28%.

As bolsas europeias operam em alta firme. Investidores acompanham os desdobramentos do conflito no leste europeu, mas esperançosos quanto à retomada das conversações entre Rússia e Ucrânia previstas para esta semana. O presidente Zelensky afirmou que está considerando a possibilidade de aceitar a neutralidade exigida pela Rússia, para pôr um fim na guerra. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,74%, no momento. Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,41%, enquanto o CAC40 avança 1,50% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,62%.

Os contratos futuros do petróleo exibem quedas elevadas nesta manhã, revertendo parte dos ganhos recentes. Os investidores se mostram cautelosos sobre possível demanda mais fraca pela commodity após a China decretar lockdown escalonado em Xangai para conter um surto de covid-19. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para maio recua 3,78%, no momento, negociado a US$ 109,60/barril.

No mercado doméstico, frente a uma agenda econômica esvaziada, os mercados permanecerão reféns do exterior. O Ibovespa pode abrir em alta, favorecido pelos fluxos externos, o que deve manter a tendência de apreciação do real. Nos juros, investidores ponderam os esforços do BCB em desestimular apostas em uma Selic terminal acima dos 12,75%.

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