Hoje na Economia 28/04/2016

Hoje na Economia 28/04/2016

Edição 1505

28/04/2016

Principais mercados de ações internacionais operam em baixa, nesta manhã, refletindo os efeitos das decisões de política monetária dos bancos centrais americano e japonês. Nos EUA, o Fed manteve o discurso de ajuste gradual da política monetária, preocupado com a fragilidade do crescimento americano. No Japão, o BoJ manteve inalterado o programa de compra de ativos, contrariando o consenso do mercado que esperava por aumento do estímulo monetário para tirar a economia japonesa do quadro de quase-estagnação.

Na Ásia, excetuando-se as bolsas da Austrália e Hong Kong, demais fecharam em queda, tendo como denominador comum a decepção com a inação do banco central japonês. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio apurou retração de 3,61%, a maior queda dos últimos dois meses. O iene se fortaleceu frente às principais moedas, subindo 3,07% ante ao dólar, com a cotação estando a 108,15 ienes, nesta manhã. Na China, a bolsa de Xangai fechou o dia com perda de 0,27%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou alta de 0,12%, no pregão de hoje.

A Europa segue os mercados asiáticos, abrindo os negócios no vermelho. O índice STOXX600 registra queda de 1,15%, por conta não apenas das preocupações com as principais economias globais como também por resultados corporativos que tem vindo abaixo do esperado pelos analistas. Demais bolsas da região registram queda no momento: Londres -0,95%; Paris -1,31% e Frankfurt -1,18%. O euro troca de mãos a US$ 1,1355, com valorização de 0,29%, neste momento.

Nos EUA, o índice futuro de ações S&P 500 registra queda de 0,76%, nesta manhã, em meio a crescente percepção de que se esteja presenciando uma das piores temporadas de resultados empresarias dos últimos anos. O dólar permanece afundando frente às principais moedas, após a postura "dovish" espelhada no comunicado do Fed divulgado ao final da reunião de política monetária realizada ontem. O juro do T-Bond de 10 anos recua 1,43%, nesta manhã, situando-se em 1,824% ao ano. Na agenda econômica, será divulgada a primeira estimativa do PIB do primeiro trimestre, que deve mostrar que a economia americana continuou perdendo força no período. Após crescer 1,4% no 4T15, espera-se que o crescimento no 1T16 tenha desacelerado para 0,6%, em termos anualizados.

O petróleo WTI para entrega em junho opera com leve queda nesta manhã, com a cotação se estabilizando em US$ 45,31/barril, após as fortes altas dos últimos dois dias. Demais commodities operam em baixa, com destaque para as quedas de metais básicos (-0,73%) e agrícolas (-0,63%).

No front interno, ontem o Copom manteve a taxa Selic em 14,25%, como esperava a intensa maioria do mercado. O comunicado enfatizou que não há espaço, no momento, para reduzir os juros dado o elevado nível da inflação corrente em doze meses e das expectativas inflacionárias. Mas ressaltou que o grosso da função do aperto monetário ocorrido recentemente cumpriu seu papel, abrindo espaço para a flexibilização monetária nos próximos meses. Na agenda, atenção para a divulgação do IGP-M de abril, que deve apresentar alta de 0,35% no mês (0,51% em março), reduzindo de 11,56% para 10,65% o acumulado em doze meses até abril.

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