Hoje na Economia – 28/04/2022

Hoje na Economia – 28/04/2022

A abertura das principais bolsas internacionais sugere um dia positivo à medida que tanto os futuros americanos como da Europa operam em alta, seguindo a tendência observada nos mercados asiáticos. Os bons resultados mostrados pelos balanços corporativos trimestrais, principalmente nos setores financeiro e de tecnologia, têm atenuado as preocupações com a escalada inflacionária e baixo crescimento, sustentando o sentimento do investidor.

Na Ásia, o movimento de alta prevaleceu nas principais bolsas da região. O índice MSCI Asia Pacific registrou alta de 0,50% nesta quinta-feira, com destaque para as ações da Alibaba e da BHP Group. Uma postura pró crescimento mostrada por Pequim diminuiu as preocupações com uma rápida desaceleração da economia chinesa. O governo da China deverá dar sustentação ao desenvolvimento das empresas de plataformas de internet, bem como ajudar os que perderam emprego em decorrência das medidas restritivas adotadas para combater o covid-19. Sinais de que os novos casos da doença vêm aos poucos se reduzindo em Xangai e Beijing ajudaram a melhorar o humor dos investidores, aliviando temores de ampliação dos lockdowns. Em Xangai, o índice de ações Xangai Composto fechou com alta de 0,58%, enquanto o Hang Seng subiu 1,65% em Hong Kong, puxado pelas empresas de tecnologia. Da mesma forma, o sul-coreano Kospi avançou 1,08% em Seul, enquanto o Taiex teve ganho de 0,71% em Taiwan. No Japão, o índice Nikkei apurou alta de 1,75%, respondendo a decisão do Banco do Japão (BoJ) em não alterar o seu controle sobre a curva de yield japonesa, afirmando que continuará comprando bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos a uma taxa fixa de 0,25% ao ano. Isso enfraqueceu ainda mais a moeda japonesa, com o valor do dólar subindo para 130,58 ienes, voltando para níveis vistos em 2002.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos opera em leve alta, subindo dois pontos base para 2,82% ao ano, estendendo o movimento de ontem. No mercado de moedas, o dólar mantém o seu avanço contra as principais moedas. O índice DXY permanece acima dos 103 pontos, o nível mais elevado dos últimos cinco anos, refletindo a queda do euro para US$ 1,0525/€ (-0,35%) e da libra para US$ 1,2538/£ (-0,08%). Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, em repercussão dos balanços das grandes empresas americanas, principalmente de tecnologia que leva o futuro do Nasdaq a exibir alta de 2,50% nesta manhã; o Dow Jones sobe 1,17% e S&P 500 avança 1,67%. Na agenda a divulgação dos resultados trimestrais da Apple, Amazon, Twitter e McDonald’s. Será divulgado também a primeira leitura do PIB do 1º trimestre dos EUA, que deve mostrar alta anualizada de 1% na comparação trimestral (6,9% no 4T21).

Na Europa, o índice pan-europeu de ações registra alta de 1,21% no momento, com todos os setores operando no azul. Reflete os balanços trimestrais apresentados pelas empresas Total Energies SE; Glencore Plc e Capgemini SE, que mostraram resultados acima do esperado pelos analistas. Demais bolsas da região também operam com ganhos expressivos: Em Londres, o FTSE100 sobe 0,95%; em Paris, o CAC40 avança 1,93%; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,95%.

Os contratos futuros do petróleo exibem ligeira alta nesta manhã, enquanto os investidores seguem monitorando os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e a evolução da pandemia na China. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho sobe 0,31% no momento, negociado a US$ 102,35/barril.

O Ibovespa deve seguir a direção indicada pelos futuros de ações americanos, devendo abrir em alta. Deve repercutir, também, a alta dos ADRs da Vale, que subiram no after hours americano (+4,57%) com o anúncio, pela mineradora, de recompra de 10% das ações em circulação, após os fracos resultados apresentados no 1º trimestre. A FGV divulga o IGP-M de abril, que deve mostrar alta de 1,70% no mês e 14,98% em doze meses, mas sem grandes impactos na curva de juros futuros, que deve continuar precificando alta de 100 pontos no Copom da semana que vem. O dólar deve continuar em alta, seguindo a tendência global.

Topo