Hoje na Economia – 28/05/2021

Hoje na Economia – 28/05/2021

Mercados financeiros terminam a semana com tom mais otimista, após dados de atividade mostrarem crescimento considerável e orçamento do presidente americano Joe Biden ser anunciado em mais de US$ 6 tri, indicando estímulo fiscal considerável.

Na Ásia, as bolsas tiveram alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,8%. Contribuiu para isso em especial a alta de 2,10% no Nikkei225 de Tóquio, após o governo japonês indicar que deve relaxar as regras de distanciamento social no país. Houve altas também de 0,04% no Hang Seng de Hong Kong, 0,73% no KOSPI de Seul e 0,69% no SENSEX de Mumbai. Por outro lado, a bolsa de Xangai teve queda de -0,22%. O iene está se depreciando contra o dólar, -0,05%, cotado a ¥/US$ 109,87.

Na Europa, as bolsas operam em alta também. Há avanços de 0,34% no índice pan-europeu STOXX600, 0,12% no FTSE100 de Londres, 0,48% no CAC40 de Paris e 0,49% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,07%, cotado a US$/€ 1,2187. Hoje foi divulgado o indicador de confiança econômica na Zona do Euro, que chegou a novo recorde pós -pandemia, com nível de 114,5, o maior desde jan/18, contra mediana de projeções de 112,3.

Nos EUA os índices futuros de ações estão subindo, com altas de 0,47% no Dow Jones, 0,37% no S&P500 e 0,34% no NASDAQ. O dólar ganha valor diante de outras moedas, com o índice DXY subindo 0,13%. Os juros futuros estão estáveis, com o yield da Treasury de 10 anos a 1,609% a.a.. Ontem os dados de pedidos de seguro desemprego e encomendas de bens duráveis ajudaram o mercado ao virem melhor que esperado. Hoje sairão dados importantes de renda e consumo pessoal. A expectativa é de queda na renda, com fim de cheques de estímulos, alta mais moderada no consumo e aumento nas medidas de inflação do deflator do consumo para acima do centro da meta do Fed (2,9% A/A no núcleo, contra meta de 2% A/A).

Os preços de commodities sobem pela manhã. O índice geral da Bloomberg avança 0,2%, com altas em quase todas as commodities importantes, com a exceção sendo ouro (-0,12%) e prata (-0,57%). Há alta de 0,43% no petróleo tipo WTI, negociado a US$ 67,14/barril. As commodities metálicas têm forte alta, devido ao orçamento público elevado nos EUA, com o ferro subindo 2,89%, o cobre 2,43% e o níquel 3,52%.

No Brasil o IGP-M teve alta de 4,10%, contra mediana de projeções de 4,0%. Hoje serão divulgados também os dados de crédito referentes a abril. Ontem o mercado terminou em alta, após mais dados positivos referentes ao resultado fiscal saírem, com mais arrecadação e menores despesas que esperado. Hoje as notícias de jornal indicam preocupação do governo com a situação hídrica, podendo até criar um comitê de crise, como em 2001, para lidar com risco de falta de energia elétrica ou água para consumidores. A Aneel deve ter reunião para definir a bandeira tarifária do mês de junho hoje, devendo indicar alta para bandeira vermelha 2, devido à difícil situação hídrica. O mercado brasileiro deve ter alta, ajudado por fatores externos e internos, com a preocupação com a situação hídrica devendo ser deixada de lado no momento. A bolsa deve subir, os juros futuros devem recuar e o real pode se valorizar ligeiramente contra o dólar.

Topo