Hoje na Economia 28/06/2016

Hoje na Economia 28/06/2016

Edição 1547

28/06/2016

Melhora o humor dos investidores, voltando às compras, recuperando parte das perdas que se seguiram ao Brexit. A libra se valoriza 0,91% nesta manhã, negociada a US$ 1,3348, contra US$ 1,3206 no final da tarde de ontem. Os preços das commodities voltam a subir. O índice Bloomberg de Commodity registra alta de 1,35% no momento, refletindo o avanço nos preços do petróleo e de metais básicos. No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 47,66/barril, com alta de 2,85%.

No mercado de ações, o índice STOXX600 opera com alta de 2,58%, nesta manhã, após ter acumulado perda próxima de 11% nas últimas duas sessões. Em Londres, papeis de bancos lideram a alta. O índice FTSE100 sobe 2,33%. Em Paris, o CAC40 avança 2,62%, enquanto em Frankfurt, o DAX registra ganho de 2,11%. Os mercados de ações respondem às expectativas de que a tendência para a economia europeia é de baixa, o que deverá levar as autoridades monetárias a intensificar o uso de estímulos monetários, ampliando a liquidez do sistema. Líderes europeus se reúnem em Bruxelas no dia de hoje, dando início as primeiras discussões sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Na Ásia, a percepção também aponta para governos agindo no sentido de evitar uma desaceleração mais forte das economias da região. O índice MSCI Asia Pacific fechou praticamente estável, após uma abertura em queda. As perdas foram diminuindo ao longo do pregão à medida que os investidores foram atrás de ações que ficaram muito baratas após o Brexit. No Japão, o índice Nikkei encerrou o dia com ligeira alta (+0,09%). O iene devolveu parte da valorização recente, sendo negociado a 102,31 ienes por dólar americano. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,58%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng teve ligeira perda de 0,27%.

O impacto negativo do Brexit sobre a economia americana é captado pela remuneração do T-Bond de 10 anos, que se encontra em 1,477% ao ano, enquanto os investidores passaram atribuir apenas 9% de chance de o Fed subir os juros em fevereiro, enquanto um cenário de eventual corte dos Fed Funds reaparece no radar, com probabilidade de 20%. Antes do Brexit, havia 0% para redução e 52% para um aumento. O índice futuro de ações S&P 500 registra alta de 1,12%, nesta manhã, enquanto o dólar recua frente às principais moedas. O índice DXY cai 0,77%, situando-se em 95,808 pontos. Na agenda de indicadores econômicos, prevista a divulgação dos números finais do PIB do 1º trimestre, que devem mostrar que a economia americana cresceu apenas 1,0% no período, segundo o consenso do mercado.

No Brasil, a recuperação dos principais mercados de ações e dos preços do petróleo pode favorecer a Bovespa, que pode voltar a operar em alta. Destaque para a divulgação do resultado fiscal primário do governo central em maio (consenso: déficit de R$ 15,7 bilhões no mês) e do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central. O documento já virá com "a assinatura" do novo presidente da instituição, Ilan Goldfajn, que também concederá entrevista ao longo do evento, podendo dar subsídios sobre as chances de ocorrer corte de juros ao longo dos próximos meses.

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