Hoje na Economia 28/08/2013

Hoje na Economia 28/08/2013

Edição 860

28/08/2013

A abertura dos mercados internacionais sugere um dia de quedas, levando-se em conta que os índices futuros das bolsas europeias e americanas operam em baixa. Commodities metálicas recuam e petróleo opera em alta, enquanto o dólar e o iene ganham em relação às principais moedas. A escalada das tensões na Síria ante a iminência de um ataque conjunto dos Estados Unidos, Reino Unido e França acirra a aversão ao risco pelo temor que a crise se espalhe interrompendo a comercialização de petróleo no Oriente Médio.

Na Ásia, bolsas fecharam em queda, com o índice MSCI Asia Pacific registrando queda de 1,6%. Em Tókio, a alta probabilidade de uma ação militar dos EUA contra a Síria levou os investidores a buscarem refúgio em ativos considerados "porto seguro", afastando-se do mercado de ações. O índice Nikkei fechou com perda de 1,51%, atenuando a baixa no final do pregão após o dólar recuperar força depois de ter caído abaixo de 97 ienes. No momento, o dólar muda de mãos a 97,49 ienes. Na China, a bolsa de Xangai perdeu apenas 0,11%, enquanto o índice Hang Seng recuou 1,60%, refletindo os problemas com as ações da PetroChina, cujo papeis tiveram a negociação suspensa sob suspeita de informações privilegiadas.

Na Europa, o índice STOXX600 perde 0,79% nesta manhã. Londres recua 0,59%, enquanto Paris e Frankfurt apresentam variações de -0,36% e -1,0%, respectivamente. O euro é cotado a US$ 1,3367, recuando ante a cotação de US$ 1,3398 observado ontem à tarde.

Os futuros das principais bolsas americanas registram discretas perdas, no momento. S&P recua 0,02%, enquanto o índice D&J apura variação de -0,04%. Sem uma agenda econômica que possa influenciar as expectativas dos agentes, as bolsas locais deverão flutuar em linha com os rumores e notícias envolvendo o provável ataque militar dos EUA a Síria. O dólar se valoriza frente às demais moedas (dólar index: +0,25%), enquanto a remuneração do T-Bond de 10 anos recua para 2,738% ao ano.

O preço do petróleo tipo WTI atingiu o mais alto nível desde maio de 2011, acusando as preocupações que a crise com a Síria se espalhe pela região interrompendo o fluxo do produto. Neste momento, o produto WTI é cotado a US$ 110,0/barril, com alta de 0,90%. Demais commodities: as metálicas recuam 0,56%, enquanto agrícolas sobem 0,21%.

No mercado doméstico, destaque para o término da reunião do Copom, que deverá anunciar, ao final da tarde, mais uma alta da Selic, de 8,5% para 9,0%, segundo expectativa unânime dos participantes do mercado. O interesse será pelo comunicado, onde se buscará indícios que levem a refinar as apostas quanto à extensão do atual ciclo de aperto monetário. Neste dia em que prevalece um ambiente de aversão ao risco, o real deve perder valor frente à moeda americana, ao mesmo tempo em que a Bovespa, à semelhança das principais praças internacionais, deve experimentar mais um dia de perdas.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
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