Hoje na Economia 28/09/2015

Hoje na Economia 28/09/2015

Edição 1366

28/09/2015

Temores quanto à sustentação da recuperação da economia global alimentam a aversão ao risco no dia de hoje, após a China ter reportado que os lucros empresariais caíram 8,8% em agosto, quando comparados a agosto de 2014.

Na Asia, bolsas locais fecharam em sua maioria em baixa, sendo que o iene se fortaleceu frente ao dólar devido à busca de porto seguro, enquanto as commodities, de forma geral, recuaram. Em Tókio, o índice Nikkei encerrou o dia com queda de 1,32%. A moeda americana é negociada a 120,11 ienes, no momento. Na China, os ganhos proporcionados pelas ações de empresas de tecnologia compensaram os efeitos negativos do dado sobre lucros empresariais. O índice Composto de Xangai fechou com valorização de 0,27%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng ganhou 0,43%. O índice regional MSCI Asia Pacific encerrou a sessão com perda de 0,3%.

Na Europa, a desvalorização das ações das indústrias de autos e mineradoras, refletindo a queda nos preços das commodities e o aprofundamento dos temores com a economia chinesa, leva o índice STOXX600 a recuar 1,08%, nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 recua 1,32%; em Paris o CAC40 perde 1,60% e em Frankfurt o DAX cai 1,13%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,1187, com ligeira queda ante a moeda americana (-0,08%).

Além do noticiário da China, o tema da política monetária americana deve continuar influenciando os negócios nos próximos dias, onde importantes indicadores serão divulgados nos EUA. Enquanto se aguarda pelos dados sobre o mercado de trabalho, que serão conhecidos na sexta-feira, o foco hoje estará sobre os dados sobre renda e gastos pessoais, além do índice de preços PCE, todos referentes a agosto. Segundo as projeções de mercado, a renda deve ter subido 0,4% no mês, enquanto os gastos aumentaram 0,3% na comparação mensal. O núcleo do índice de inflação medido pelo PCE deve ter subido 1,3% na comparação com agosto/14, pouco acima de 1,2% registrado em julho, na mesma base de comparação. No momento, o índice futuro do S&P 500 opera em queda de 0,51%, enquanto o dólar acusa ligeira queda frente às principais moedas e o juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece em queda, situando-se em 2,132% (-1,15%).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 1,31% nesta manhã, sendo negociado a US$ 45,12/barril. Demais commodities também operam no vermelho, com o índice Bloomberg de Commodity recuando 0,57%, no momento. Metais recuam 0,82%, enquanto agrícolas sobem 2,6%.

No Brasil, sem perder de vista os sinais externos, os eventos locais devem continuar dando, em grande medida, o direcionamento dos preços dos ativos. O foco desta semana estará sobre os dados fiscais de agosto, que devem trazer o aprofundamento do déficit nas contas públicas. Esse quadro deve intensificar a desconfiança dos mercados quanto à viabilidade do ajuste fiscal, em meio a incapacidade do governo de promover um acordo político que viabilize a aprovação, pelo Congresso, das medidas necessárias ao equilíbrio fiscal.

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