Hoje na Economia 28/09/2017

Hoje na Economia 28/09/2017

Edição 1861

28/09/2017

Os juros das Treasuries encontram-se no patamar mais elevado dos últimos três meses, enquanto o dólar sustenta os ganhos diante das principais moedas, com investidores avaliando a proposta tributária do governo Trump, que reforçou o otimismo com o desempenho da economia norte-americana. É intenção do governo de simplificar os tributos nos EUA, além de reduzir as alíquotas pagas por empresas e pessoas físicas.

Nesta manhã, a Treasury de 10 anos remunera com yield de 2,341%, subindo em relação ao juro de 2,303% do final da tarde de ontem. Esse movimento é acompanhado pelo avanço dos juros pagos pelos bonds das principais economias globais, da Europa ao Japão. No mercado acionário, o investidor mostra-se cauteloso, esperando por uma avaliação mais precisa dos impactos do plano tributário sobre as empresas americanas. Os índices futuros das principais bolsas dos EUA operam em queda, neste início de manhã: Dow Jones -0,04%; S&P 500 -0,02%; Nasdaq -0,03%. A agenda econômica prevê a divulgação final do PIB do 2º trimestre, que deve registrar o crescimento de 3,0%, anualizado, mesma variação observada na divulgação anterior.

As bolsas asiáticas fecharam, em sua maioria, em baixa. Por lá, prevaleceu a cautela dos investidores com a China, antes de uma semana de feriados. O índice Xangai Composto recuou 0,17%, decorrente da pressão de venda antes dos feriados que manterão os mercados chineses fechados na próxima semana. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve queda de 0,80%. Em Taiwan o dia também foi negativo, com baixa de 0,29% do Taiex. O mercado sul-coreano fechou praticamente estável (+0,02%). No Japão, por sua vez, o índice Nikkei fechou com alta de 0,47%, refletindo o enfraquecimento do iene ante o dólar e pelo avanço nos juros dos Treasuries que se seguiram ao anúncio da reforma tributária proposta pelo presidente dos EUA.

Na Europa, as bolsas de ações operam majoritariamente no azul, muito embora o índice de ações pan-europeu, STOXX600, permaneça flutuando em torno da estabilidade. Em Londres, o FTSE100 opera com ganho marginal (+0,03%); em Paris o CAC40 sobe 0,16%; em Frankfurt o DAX avança 0,32%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,1773, subindo em relação à cotação de US$ 1,1750 do fim da tarde de ontem.

No mercado de petróleo, os futuros operam em baixa moderada, nesta manhã. O contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 51,99/barril, com queda de 0,29%. A falta de um direcional para este mercado é explicada, em parte, pelo relatório do Departamento de Energia (DoE) dos EUA, que mostrou queda nos estoques de petróleo bruto na semana passada, mas também apontou um aumento inesperado nos estoques de gasolina.

No mercado doméstico, a agenda prevê a divulgação do IGP-M de setembro, que deve ter apurado inflação de 0,45% no mês, reduzindo a deflação acumulada nos últimos doze meses para -1,46%, segundo as projeções do mercado. Será conhecido também o resultado fiscal primário do governo central, que deverá ser deficitário em R$ 16 bilhões em agosto, conforme o consenso dos analistas de mercado. Em julho, o resultado negativo somou R$ 20,2 bilhões.

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