Hoje na Economia 28/11/2014

Hoje na Economia 28/11/2014

Edição 1167

28/11/2014

O destaque no dia de hoje é a forte queda registrada pelas cotações do petróleo, após a decisão da OPEP em não alterar o ritmo de produção do produto para combater o excesso de oferta no mercado. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 68,76/barri caindo 6,7% ante o preço vigente antes da reunião da organização. No ano, o tipo WTI acumula queda de 30%, enquanto o Brent perde 35%.

A combinação entre os menores riscos inflacionários à frente, devido à queda nos preços do petróleo, e alta liquidez internacional derruba os juros pagos pelos títulos públicos em escala global. O yield pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,20% ao ano, nesta manhã, enquanto no Japão, o juro pago pelo titulo governamental de dois anos tornou-se negativo pela primeira vez na história recente. O juro referência na Alemanha e França também se encontra em baixa, contando também com a contribuição de especulações sobre eventual aumento de estímulos por parte do Banco Central Europeu.

O dólar sustenta forte alta frente às principais moedas, na medida em que menores preços do petróleo tende a se traduzir em expansão do consumo doméstico americano, via elevação da renda disponível. O dólar index, que capta a cotação da moeda americana frente os seis maiores parceiros comerciais americanos, avança 0,67% nesta manhã. Em relação ao euro, o dólar é negociado a US$ 1,2439, contra US$ 1,2468 no final da tarde de ontem. Em relação à divisa japonesa, o dólar atinge 118,17 ienes, nesta manhã, contra 117,68 ienes de ontem à tarde.

Os principais mercados de ações internacionais operam no vermelho. Baixa liderada pelo recuo nos preços dos papeis das grandes empresas de energia. Na Europa, o índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra que de 0,30%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,64%; em Paris o CAC40 recua 0,24% e em Frankfurt o DAX30 se desvaloriza 0,28%. Nos Estados Unidos, os principais índices de ações, S&P e D&J, mostram recuos de 0,18% e 0,16%, respectivamente, prognosticando um dia de baixa para as bolsas americanas.

Na Asia, o quadro foi melhor. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia próximo da estabilidade. No Japão, o índice Nikkei encerrou a sessão com alta de 1,23%, refletindo o fortalecimento do doar frente à moeda japonesa. Na China, mercado foi beneficiado pela percepção de que a queda nos preços do petróleo deverão elevar os lucros das empresas de transportes, bem como por apostas em novos estímulos econômicos. A bolsa de Xangai encerrou o pregão com alta de 1,99%. Hong Kong, em meio ao acirramento dos protestos populares, fechou estável.

No mercado doméstico, o destaque será a divulgação dos números sobre o PIB do 3º trimestre, que, segundo o consenso, a economia deve ter crescido 0,2% em relação ao 2ºTrim., e recuado 0,2% ante a igual trimestre de 2013. Com o PIB voltando a crescer, encerrando a recessão do primeiro semestre, ao lado da valorização recente do dólar ante ao real, ganham força as apostas de que o Copom deverá a acelerar alta da taxa Selic, com mais 50 pontos, na reunião da próxima semana.

A Bovespa deve acompanhar a tendência ditada pelos principais mercados de ações internacionais, abrindo em baixa por conta dos efeitos da queda nos preços do petróleo sobre a Petrobrás.

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