Hoje na Economia 28/12/2012

Hoje na Economia 28/12/2012

Edição 698

28/12/2012

Mercados encerram o ano sem vislumbrar solução para o impasse decorrente do fiscal cliff americano. Há ainda certa esperança que alguma solução seja encontrada nos próximos dias. O presidente Barack Obama convocou os líderes dos partidos para se chegar algum acordo que evite, que US$ 600 bilhões de ajuste fiscal, entre aumento de impostos e corte de gastos, comecem a vigorar a partir do dia primeiro.

A maioria dos mercados opera sem tendência clara, registrando pequenas oscilações e baixa liquidez. Os futuros das principais bolsas norte-americanas, S&P e D&J registram discretas quedas (-0,02% e -0,05%, respectivamente), nesta manhã. O dólar sustenta moderada valorização ante as principais moedas (dólar index: +0,27%), enquanto o juro pago pela treasury de 10 anos situa-se em 1,722% ao ano.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações recua 0,12%, com o volume negociado 31% abaixo da média dos últimos 30 dias. Em Londres o FTSE100 opera estável, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt operam em baixa de 0,15% e 0,36%, respectivamente. O euro perdeu parte dos ganhos recentes frente ao dólar, sendo negociado a US$ 1,3186/€, no momento.

Na Ásia, as especulações em torno de novos estímulos a serem implementados pelo Banco do Japão (BoJ) movimentaram os negócios na região, levando o MSCI Asia Pacific Index fechar o dia com ganho de 0,5%. No Japão, a bolsa de Tókio fechou em alta 0,70%, com o movimento sendo liderado por grandes empresas exportadoras. Reflexo da desvalorização do iene, que atinge o mais baixo patamar frente ao dólar (¥ 86,12/US$) e ao euro (¥ 113,57/€) dos últimos dois anos. O Nikkei fechou 2012 com ganho de 25%, o mais elevado desde 2005. Na China, a bolsa de Xangai fechou o dia com alta de 1,24%, puxada por papeis de empresas ligadas ao consumo e as instituições financeiras. Esse comportamento decorreu da expectativa que o governo deverá lançar programas de estímulos ao consumo, nos próximos meses.

O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 90,99/barril (+0,13% no momento), o maior patamar das últimas duas semanas. Movimenta esse mercado a expectativa de que se chegue um acordo em torno do impasse fiscal americano, o que levaria a sustentação de uma recuperação mais firme da economia americana. Demais commodities operam sem tendência definida.

Neste último dia de pregão, a Bovespa deve se manter refém dos acontecimentos em torno do impasse fiscal americano. Um dia de volatilidade e baixo volume de negócios. No mercado de juros futuros, as indefinições sobre o abismo fiscal continuará impondo viés de baixa para os principais vértices da curva. Sinais de que o Banco Central trabalha para um valor mais baixo para o dólar devem manter o viés de apreciação para o real, apesar do fortalecimento do dólar nos mercados externos no dia de hoje.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
www.sulamericainvestimentos.com.br

Topo