Hoje na Economia 29/01/2019

Hoje na Economia 29/01/2019

Edição 2183

29/01/2019

Preocupados com a retomada das conversações comerciais entre americanos e chineses e à espera da reunião de política monetária do Fed, ambos ocorrendo amanhã, investidores operam cautelosos, evitando assumir posições de risco.

As bolsas na Ásia fecharam sem direção única nesta terça-feira, optando por uma postura conservadora diante das tensões comerciais entre EUA e China. O quadro ficou mais pesado após as denúncias efetuadas pelo Departamento de Justiça dos EUA contra a empresa chinesa de telecomunicações Huawei, acusando-a de roubo de tecnologia e violação de sanções comerciais. Em resposta a China pediu que Washington "pare a repressão irracional" contra a Huawei e outras empresas chinesas. Na China, o índice Xangai Composto fechou com leve baixa de 0,10%. O dia também foi de queda em Taiwan, com recuo de 0,82% do Taiex; em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,16%, atenuando as quedas mais acentuadas do início do pregão. Por outro lado, o japonês Nikkei terminou o pregão em alta marginal de 0,08% em Tóquio; o sul-coreano Kospi subiu 0,28% em Seul. O dólar é negociado a 109,24 ienes, recuando ante o valor de 109,35 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, as bolsas de ações também não mostram direcional claro. As preocupações com crescimento mundial e os impactos sobre os lucros corporativos seguram a onda compradora dos investidores, em meio às tensões entre China e EUA. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 registra alta de 0,25%, nesta manhã. Em Londres, onde o Brexit concentra as atenções diante da votação do acordo no Parlamento, o FTSE100 opera com valorização de 0,76%; em Paris o CAC40 sobe 0,20%. Na contramão, o DAX de Frankfurt tem queda de 0,27%. O euro é cotado a US$ 1,1444, subindo em relação ao valor de US$ 1,1432 de ontem à tarde.

No mercado americano, os principais índices futuros de ações da bolsa de Nova York sinalizam para uma abertura negativa. O índice futuro do Dow Jones registra queda de 0,29% no momento; o futuro do S&P 500 cai 0,26%; do Nasdaq perde 0,40%. O T-Note de 10 anos remunera a 2,739%, abaixo dos 2,746% de ontem à tarde. O dólar recua frente às principais moedas, segundo o índice DXY, que mostra discreta queda (-0,05%), nesta manhã.

O anúncio de sanções pelos EUA contra a petroleira PDVSA da Venezuela, como forma de pressionar o presidente venezuelano a renunciar, impulsiona os preços do petróleo. Os contratos futuros do petróleo tipo WTI para março são negociados a US$ 52,36/barril, com alta de 0,71%.

Preocupações com o crescimento mundial, Brexit e conversações comerciais entre americanos e chineses devem marcar o desempenho da Bovespa nesta terça-feira, acompanhando as principais bolsas internacionais. Internamente, o caso da Vale deve continuar afetando negativamente o índice. Câmbio e juros futuros devem acompanhar o movimento das Treasuries e do dólar, em um dia com fraca agenda de indicadores econômicos.

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