Hoje na Economia – 29/04/2021

Hoje na Economia – 29/04/2021

Mercados financeiros operam em sua maioria em alta, após reunião do FOMC (comitê de política monetária do Fed, o banco central dos EUA) ontem ter vindo sem surpresa, com o presidente do Fed, Jerome Powell, fazendo discurso de que não é hora de pensar em redução dos estímulos monetários.

Na Ásia as bolsas fecharam em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,3%, com avanços de 0,80% no Hang Seng de Hong Kong, 0,52% na bolsa de Xangai e queda de -0,23% no KOSPI de Seul. A bolsa do Japão não abriu devido a feriado. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,39%, cotado a ¥/US$ 109,03.

Na Europa, as ações em sua maioria sobem. O índice pan-europeu STOXX7600 sobe 0,34%, com avanços de 0,63% no FTSE100 de Londres e 0,47% no CAC40 de Paris. Por outro lado, o DAX de Frankfurt recua -0,36%. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,06%, cotado a US$/€ 1,2119. A inflação na Alemanha vai ser divulgada mais tarde, devendo ter subido 0,2 pp na comparação A/A, para 2,1% A/A. NA Zona do Euro, a confiança econômica veio melhor que esperado (110,3 contra expectativa de 102,2) subindo mais de 10 pontos em relação ao mês anterior.

Nos EUA, ontem o presidente Joe Biden apresentou mais um programa ambiciosos de gastos, de US$ 1,8 tri em gastos sociais financiados através de aumentos de impostos sobre mais ricos, que soma-se aos US$ 2,2 tri de infraestrutura e US$ 1,9 tri para combater o Covid-19 e seus efeitos econômicos. Os juros longos americanos sobem com maior chance de estímulo fiscal e demora para subir juros básicos no Fed, com o yield da Treasury de 10 anos aumentando 4 pb, para 1,65% a.a.. Os futuros de bolsas americanas sobem após resultados bons de empresas, com altas de 0,99% no NASDAQ, 0,51% no Dow Jones e 0,72% no S&P500. Hoje será divulgado o PIB do 1º trimestre, que deve ter crescimento de 6,6% anualizado. Além disso sairão dados de pedidos semanais de seguro desemprego e vendas pendentes de casas. O dólar está ganhando valor contra moedas de países desenvolvidos, com o índice DXY subindo 0,09%, porém boa parte das divisas de países emergentes se valorizam contra o dólar.

A alta nos preços de commodities prossegue e explica em parte a melhora de moedas de países emergentes. O índice geral da Bloomberg de commodities sobe 0,58%, com avanços de 1,33% no petróleo tipo WTI (cotado a US$ 64,7/barril), 0,21% no cobre e 0,46% na soja. Por outro lado, houve queda de -0,48% no ferro.

No Brasil, o IGP-M veio acima do esperado em abril, com variação de 15,1% M/M contra mediana de projeções de 1,34% M/M. Hoje sairão dados de crédito e resultado fiscal do governo central, referentes a março. O déficit fiscal deve ter diminuído segundo as projeções dos analistas, de R$ -21,1 bi no mês anterior para R$ -5,4 bi. O aumento de preços de commodities deve ter efeito sobre ativos brasileiros, fazendo a bolsa e os juros futuros subirem, e o real se valorizar. A surpresa para cima no IGP-M também deve ajudar os juros futuros a subirem.

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