Hoje na Economia – 29/04/2022
Os principais mercados registram altas nesta manhã, em meio a um otimismo diante de promessas do governo da China de anunciar medidas de estímulo econômico, e à espera da divulgação de novos resultados corporativos, em uma temporada que se tem mostrado bem favorável aos lucros empresariais.
Na Ásia, as bolsas fecharam no azul pelo segundo dia seguido. O índice regional MSCI Asia Pacific registrou alta de 1,7%, nesta sexta-feira, sendo Alibaba e Tencent os grandes ganhadores. O presidente da China, Xi Jinping, voltou a afirmar que serão adotadas diversas medidas de estímulo no objetivo de alcançar as metas de crescimento estipuladas para este ano. As bolsas chinesas, bem como as demais na região asiática, subiram diante dessas promessas, bem como pela sinalização de que Pequim pretende afrouxar os controles sobre o setor de tecnologia. O índice Xangai Composto apurou ganho de 2,41%, enquanto o Hang Seng, refletindo o otimismo com as empresas de tecnologia, valorizou 4,01% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi subiu 1,03% em Seul, enquanto o Taiex ganhou 1,05% em Taiwan. A bolsa de Tóquio não operou devido ao feriado no Japão.
Na Europa, as bolsas de ações exibem altas firmes. O índice pan-europeu de ações STOXX600 sobe 0,98%, no momento, favorecido pelo setor exportador, diante da expectativa de aumento da demanda chinesa por matérias primas produzidas pelas empresas europeias. Os bons resultados corporativos divulgados também ajudam a restaurar a confiança dos investidores após um início de ano bem turbulento. Em Londres, o FTSE100 exibe ganho de 0,37%; em Paris, o CAC40 avança 1,35%; o DAX sobe 1,36% em Frankfurt. Foram divulgados os dados do PIB do 1º trimestre (+0,2% T/T) e inflação de abril (7,5% a/a) da zona do euro que vieram em linha com as expectativas do mercado. Serão divulgados os balanços da Andritz; AstraZeneca; Electrolux e Eni.
Os Treasuries recuam nesta manhã, levando o juro do T-Bond de 10 anos a subir dois pontos base para 2,84% ao ano, com investidor convencido de que o Fed deve acelerar o aperto monetário a partir da reunião do Fomc da semana que vem. No mercado de moedas, o iene interrompeu a trajetória de depreciação, mas permanece nos mais fracos níveis dos últimos 20 anos. A moeda japonesa recuou para 130,29 ¥/US$, valorizando 0,42%. O euro sobe a US$ 1,0567/€ (+0,66%) e a libra avança para US$ 1,2555/£ (0,78%). O índice DXY recua 0,63%, situando-se em 102,98 pontos, refletindo não só o recuo ante as principais moedas, como também às moedas relacionadas às commodities. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, nesta manhã, repercutindo as quedas das ações da Amazon, Apple e Intel no after hours, ontem. O futuro do Dow Jones exibe queda de 0,30%; S&P 500 cai 0,71%; Nasdaq recua 1,01%. Na agenda, a divulgação dos resultados trimestrais da Chevron e Exxon. Serão divulgados também os dados sobre renda e consumo pessoal de março. O destaque, no entanto, será para a inflação medida pelo PCE em março, que deve mostrar alta de 0,9% m/m e 6,7% a/a para o índice cheio, enquanto para o Core PCE espera-se alta de 0,3% no mês e 5,3% na comparação anual.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta manhã, na esteira de relatos de que a Alemanha está disposta a apoiar um eventual veto da União Europeia a importações de petróleo russo. O contrato futuro do produto tipo WTI para junho é negociado a US$ 106,66; +1,24%.
O Ibovespa deve abrir em baixa acompanhando os futuros das bolsas de Nova York, por conta da queda das ações das gigantes de tecnologia após a divulgação dos balanços. Internamente, o setor financeiro deve reagir à divulgação da Medida Provisória que elevou o CSLL dos bancos (de 20% para 21%). O dólar pode recuar hoje, favorecendo o fechamento dos juros futuros no ramo mais curto da curva.