Hoje na Economia 29/05/2018

Hoje na Economia 29/05/2018

Edição 2022

29/05/2018

Um forte sentimento de aversão ao risco prevalece nesta terça-feira diante das incertezas políticas na Europa, resultando em ralis nas Treasuries e quedas nos índices futuros de ações nos EUA e Europa. O dólar se valoriza, enquanto os preços do petróleo não mostram direcional claro.

Na Europa, a crise política na Itália prossegue, na tentativa de formar um novo governo, enquanto na Espanha, o primeiro-ministro Mariano Rajoy enfrenta uma moção de censura. Esse ambiente político instável pesa nas bolsas europeias e no euro. As bolsas de Milão e Madri lideram as perdas, com baixas de 2,76% e 2,63, respectivamente, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações recua 1,35%; Londres perde 1,36%; Paris cai 1,50%; Frankfurt tem queda de 1,54%. O euro recua a US$ 1,1518, com queda de 0,72%, no momento.

Na Ásia, as preocupações em relação à questão politica europeia também alimentaram a aversão ao risco, levando os mercados de ações a fecharem em baixa generalizada. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,40%. No Japão, o aumento da demanda pelo iene, decorrente da busca por porto seguro, ajudou a pressionar o índice Nikkei que caiu 0,55%, nesta terça-feira. O dólar é cotado a 108,72 ienes, recuando ante o valor de 109,41 ienes no fim da tarde de ontem. Na China, o índice Xangai Composto teve baixa de 0,47%, enquanto o Hang Seng caiu 1,0% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi recuou 0,88% em Seul e o Taiex cedeu 0,22% em Taiwan.

No mercado americano, os índices futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para um dia de perdas. O futuro do Dow Jones cai 0,73%; o do S&P 500 perde 0,76%; Nasdaq tem queda de 0,62%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,84%, o mais baixo em sete semanas, mantendo a trajetória de queda pelo sexto pregão consecutivo. O dólar avança frente às principais moedas: o índice DXY situa-se em 94,97, com alta de 0,59%. A alta também ocorre diante das moedas emergentes, com destaque para as perdas das moedas da Rússia (-0,53%) e da África do Sul (-1,35%).

No mercado de petróleo, os preços não mostram direcional único, com o Brent ensaiando recuperação e o WTI ampliando perdas recentes. Nesta manhã, o barril do Brent para agosto subia 0,29% a US$ 75,54, enquanto o WTI para julho tinha queda de 1,69%, a US$ 66,73.

A crise de abastecimento se grava no país, com o movimento dos caminhoneiros entrando no seu nono dia, sem perspectivas de normalização. Mercados devem abrir na defensiva, acompanhando o ambiente de aversão ao risco que prevalece no exterior, derrubando ações e fortalecendo o dólar. Agravante: correm rumores no mercado de que Pedro Parente poderá deixar a presidência da Petrobrás.

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