Hoje na Economia 29/08/2014

Edição 1103

29/08/2014

Diante de uma agenda recheada de eventos importantes do ponto de vista econômico, investidores buscam ativos de maior risco, mas sem perder de vistas os contratempos oriundos da crise Rússia/Ucrânia.

Na Europa, os mercados estão em alta pela manhã, estimulados pelos bons resultados corporativos divulgados pelo setor farmacêutico. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,10% no momento, enquanto Londres avança 0,15%, Paris +0,02% e Frankfurt +0,07%. A inflação da zona do euro ficou em 0,3% em agosto, recuando ante 0,4% de julho, ambas em bases anuais. A taxa de desemprego ficou estável em 11,5% no mês de julho. Esses dados devem aumentar a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) adote ações para estimular a economia da região. O euro troca de mãos a US$ 1,3180, após iniciar a sessão europeia a US$ 1,3196.

Nos Estados Unidos, serão divulgados a renda e gastos pessoais de julho, que devem ter subido 0,3% e 0,2% MoM, respectivamente, conforme o consenso. A inflação, medida pelo núcleo do deflator do consumo pessoal (PCE) deve ter subido 1,6% em comparação a julho de 2013. Esses dados podem estimular as especulações sobre o momento em que o Fed começará a subir a taxa de juros. Baixa remuneração dos bônus europeus, diante de especulações que o BCE deverá lançar um QE, e questões geopolíticas deslocam a demanda para títulos americanos, mantendo o juro do T-Bond de 10 anos em 2,342% ao ano. O dólar mostra ligeira tendência de apreciação diante das principais moedas, nesta manhã. No mercado de ações, os futuros do S&P e D&J operam com ganhos de 0,22% e 0,18%, respectivamente, no momento.

Na Ásia, os temores com o agravamento da crise na Ucrânia se sobrepôs aos bons dados americanos divulgados ontem. O índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,2%, encerrando o mês com queda de 0,6%. No Japão, o índice Nikkei apurou perda de 0,23%, pressionado pelo enfraquecimento do dólar. No momento, a moeda americana é cotada a 103,96 ienes, contra 103,79 ienes no início do pregão japonês. Na China, a bolsa de Xangai contabilizou ganho de 0,97%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou estável.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 94,99/barril, com alta de 0,47% no momento, impulsionado pela expectativa do fortalecimento da economia norte-americana. Demais commodities operam em alta, com destaque para metais +0,43% e agrícolas +0,18%.

No Brasil, será divulgado o PIB referente ao 2T14, que segundo as projeções do mercado deve ter recuado 0,4% T/T, que deve ter mais um efeito simbólico do que força para influenciar os preços dos ativos no dia de hoje. No mercado de juros futuros, terá mais peso o anúncio do resultado fiscal do governo central de julho, que pode acentuar o quadro de deterioração das contas públicas neste ano. Na Bovespa, o movimento será tocado, principalmente, pelas especulações em torno da pesquisa eleitoral que o Datafolha deverá divulgar no dia de hoje.